tag:blogger.com,1999:blog-18552013119036096302024-03-14T02:38:33.241-07:00Por uma Escola DiferentePor uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-78027320931649633482018-10-30T04:21:00.001-07:002018-10-30T04:21:40.911-07:00Centros de Estudo - Um luxo ou uma necessidade? (Inês Barão Neves)<style>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Centro de Estudos – Um luxo ou uma necessidade?</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>“Stora,
dói-me a cabeça”, “Stora, o meu<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>joelho
está a deitar sangue”, “Stora, posso ligar à minha mãe?”…. Para os professores
que trabalham no seu dia-a-dia num Centro de Apoio ao Estudo, estes pedidos
fazem parte da rotina. São na sua maioria alunos de segundo ou terceiro ciclo
que todos os dias dependem de nós para receber apoio, orientação e cuidados na
tarefa diária que é Crescer!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>São
tantos atualmente os pais que se veem limitados em disponibilidade horária <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e mental para estar com as suas crianças, que
esta sociedade vê os profissionais de educação tornarem-se responsáveis não só
por instruir e orientar mas também por ouvir, acompanhar, educar, nutrir,
curar… “Stora, hoje esqueci-me do lanche”, “Stora, hoje na escola um colega fez
um grande disparate e foi para a rua”, “Hoje gozaram comigo e eu fiquei mesmo
irritado…”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Aprender a
organizar o tempo, aprender como se estuda, como se mantém os cadernos e
materiais em bom estado e a matéria em dia, como é importante verificar as
datas das avaliações e os trabalhos de casa diários… Estas são algumas das
muitas tarefas de um professor de apoio escolar, mas não para por aí. Dentro e
fora das Salas de Estudo, a relação com os alunos torna-se particularmente
familiar e a empatia não pode ficar de parte.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Há centros que
se assemelham a “casas da Avó”, outros que parecem recreios e outros centros
desportivos. Todos, ao seu estilo, conseguem gerir, melhor ou pior, o apoio aos
desafios escolares e apoio às necessidades pessoais e específicas de cada um.
Adaptar a pedagogia às particularidades do aluno é algo instintivo num
professor. Não podemos apresentar uma página ou duas de exercícios a um aluno
que mostra resistência em estudar (um exercício de cada vez e acabará por
fazê-los todos…). Para alunos agitados, estudar matemática ou línguas numa
aplicação digital é uma das melhores opções. Para outros, fazer pequenos intervalos
é imperativo. Aos alunos que gostam de aprofundar conteúdos, por seu turno,
dar-lhe-emos um manual de estudo e sabemos que eles daí retirarão toda a
informação que precisam e ainda selecionam e realizam as tarefas propostas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sabemos
que o bem-estar e o equilíbrio são absolutamente essenciais para o foco e
concentração necessárias à aprendizagem. É nossa missão assegurá-los, dentro
das nossas possibilidades,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nem que para
isso tenhamos que oferecer, regularmente, sessões de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mindfulness</i>. É preciso insistir com uns para que deem o seu melhor
e se motivem nos resultados; é preciso refrear outros para que o cansaço não
lhes retire o prazer de ser criança (que ainda são). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quando
nas escolas continuam a existir turmas com 26 alunos (ou mais), onde não é fácil
fazer esta individualização, o papel dos Centros de Estudo continua a ser, para
muitos alunos, complementar na consolidação de conteúdos que se avolumam nos
programas curriculares. Para muitos pais, este apoio continua a ser
imprescindível no acompanhamento escolar e pessoal dos seus filhos, que levam,
já cansados, ao final do dia, para casa “com os TPCs feitos e a matéria
estudada para o teste” (pelo menos até termos garantido horários de trabalho
flexíveis para um dos pais, tal como já acontece em alguns países europeus).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Apesar
disto, esta relevância é inversamente proporcional à importância que o Estado
lhes atribui: máxima taxa de imposto de valor acrescentado e falta de
reconhecimento como despesa de educação, em declaração de IRS. Falta também
garantir regulamentação pedagógica e empreender estudos que comprovem os
benefícios e garantam que estes Centros de apoio à Família e à Escola não
constituem um luxo de uma minoria, mas sim uma necessidade de muitos, onde a
aprendizagem formal e informal ocorre todos os dias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Inês Barão Neves</b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Centro de Estudos Pé Direito</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-90303631625030312112018-01-05T07:48:00.002-08:002018-01-05T07:53:54.297-08:00O Efeito da Música (Marcos L. Souza)<style>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A MÚSICA COMO TERAPIA NO
AMBIENTE ESCOLAR SOCIAL E HOSPITALAR </span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dentre várias pesquisas que fiz dentro do
campo vasto que é a música, coloco aqui em destaque um assunto a ser abordado
que é o uso da música como remédio natural para várias doenças do corpo, alma e
espírito. Como a ciência já comprovou, a música pode ajudar em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muito no tratamento de vários tipos
patológicos de doenças, principalmente aquelas ligadas a ansiedade e stress.
Além de ser de fácil acesso para quem precisa, o custo do tratamento chega a
ser zero. Quero aqui destacar um artigo que li sobre o uso da música aliada ao
tratamento médico; </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“O
efeito positivo da música na medicina em diversos artigos pesquisados, apresenta
a música como importante aliada no combate dos agravos da saúde e parceira
inseparável de uma medicina mais humanizada. Observou-se ainda, a ação da
música de forma benéfica,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em crianças em
pós-operatório de cirurgia cardíaca, em alguns sinais vitais (FC e FR), bem
como, de forma subjetiva, uma redução na dor”, além de combater o stress, a
ansiedade e problemas ligados a depressão infantil. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na virada deste século surge um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>novo crescimento do interesse na ação da
música na saúde infantil, em grande parte devido à ênfase dada à busca no
auxílio em tratamentos ligados ao estresse infantil e a transtornos
educacionais . Este crescimento foi definido por <span style="background: white; color: #545454;">Leslie </span><i><span style="background: white; color: #6a6a6a; font-style: normal;">Bunt </span></i><i><span style="background: white; color: #6a6a6a;">“</span></i><i><span style="background: white; color: #6a6a6a; font-style: normal;"> </span></i><i><span style="background: white; mso-bidi-font-style: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Jornal
of Music therapy"</span></i>, como: “o uso da música na obtenção dos
objetivos terapêuticos (de restauração, manutenção e melhora da saúde mental e
física)”. Este aumento do interesse é, em certa extensão, uma redescoberta da
história do efeito terapêutico da música que tem sido utilizada de forma
terapêutica, por séculos e existem numerosos exemplos dos poderes curativos e
preventivos da música, em vários documentos históricos de diferentes culturas.
Observando-se esta premissa e pensando nos bons resultados com a introdução de
técnicas musicais em unidades de terapia intensivas pediátricas, neonatais, de
adultos e unidades coronarianas , já observado por outros autores. Aliados ao
conhecimento e uma pesquisa realizada no Estado de Pernambuco que 8<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a 10 crianças nascem com doença cardíaca em
cada 1000 nascidos vivos . O efeito terapêutico da música em crianças em
pós-operatório<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de 350.000 nascimentos ao ano,
o que corresponde à cerca de 3500 casos novos de cardiopatias / ano com grande
potencial para correção cirúrgica, resolvemos verificar de forma objetiva o
efeito da música na Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial (PA), Pressão
Arterial Média (PAM), Frequência Respiratória (FR), Temperatura(T) e Saturação
de oxigênio (Sat02) no pós-operatório imediato de crianças submetidas à
cirurgia cardíaca e avaliar de forma subjetiva a ação da música no controle da
dor em uma unidade de terapia intensiva exclusiva de cardiopediatria em
conjunto com ações terapêuticas já usadas na prática médica convencional, além
de realizar uma revisão vasta da literatura para um maior respaldo na
realização do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mesmo. Na busca de tais
objetivos é que esta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dissertação foi
estruturada em dois artigos científicos: Um<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>artigo de revisão, onde foi realizada uma revisão da literatura sobre a
música, na medicina, nos seus mais diversos aspectos, não como uma visão
musicoterápica, onde o processo de criação musical com fins terapêuticos é a
principal atuação, mas algo mais abrangente no ambiente de cuidado hospitalar
para promoção da saúde e um segundo artigo em formato de artigo Original, onde
foi realizado um ensaio clínico randomizado controlado por placebo para
verificar de forma objetiva e subjetiva o efeito da música em crianças no
pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca em uma unidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de terapia intensiva exclusiva de
cardiopediatria. Estes artigos serão submetidos à publicação possivelmente nos
periódicos: Jornal de Pediatria, Arquivos Brasileiros de Cardiologia e Heart
and Lung.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span lang="PT-BR" style="background: white; color: #6a6a6a; font-family: "times new roman";"></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">"A
saúde é tão musical, que a doença não é outra </span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">coisa,
senão uma dissonância; e esta dissonância </span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">pode
ser resolvida pela música". </span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Boethius
(480-524)</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O EFEITO DA MÚSICA NA DOR</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Esta
é uma área que vem recebendo considerável atenção. Muitos estudiosos vêm
avaliando o efeito da música na dor, através de medidas fisiológicas para dor,
questionários de análise verbal, consumo de analgésicos, grau de ansiedade e/ou
outros graus de distração. A maioria dos estudos diz respeito ao efeito da
música na dor aguda,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seja durante ou
após cirurgias, seja em procedimentos dentais, ou no parto . Alguns artigos
falam da dor crónica, na maior parte em centros de tratamento de câncer.
Updike, Heitz e Whipple e Glynn, estudaram o controle da dor através da música,
mostraram uma diminuição da percepção da dor após o uso da musicoterapia .
Updikemostrou que 2/3 dos pacientes admitidos tinham alguma forma de dor
(emocional ou física) que após a musicoterapia todos experimentaram uma
diminuição ou a ausência da dor. Heitz usava uma escala visual para medir a dor
e o próprio paciente referia se tinha<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>mais ou menos dor, de acordo com a intervenção a cada 15 minutos da
terapia. Ele demonstrou que a necessidade de analgésicos era significativamente
maior nos pacientes sem musicoterapia do que com musicoterapia. Estes trabalhos
demonstram que o uso da música como “um audioanalgésico”, em uma variedade de
situações de dor aguda e crónica, tem um efeito positivo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A MÚSICA COMO TERAPIA NO
AMBIENTE ESCOLAR</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman";">A música como recurso
terapêutico para o aluno hiperativo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Um
dos desafios desde século da vida escolar, tanto para quem ensina como para
quem aprende, são alunos diagnosticados com hiperatividade: alunos que não
conseguem ficar quietos e tumultuam o ambiente, prejudicando a sua aprendizagem
e a da turma. A partir da vivência com alunos hiperativos, percebeu-se a
possibilidade da utilização da música com fins terapêuticos, centrada no
auxílio à aprendizagem. As técnicas musicoterápicas utilizadas combinam o
agir-fazer musical com a terapia, pois tal como é definido pela literatura, o
campo de atuação da musicoterapia envolve a combinação dinâmica de muitas
disciplinas destas duas áreas do conhecimento, que devem misturar-se para
chegar-se a um objetivo profissional (BRUSCIA, 2000). Tem-se, de um lado, o
fazer musical consciente e competente, com a devida noção do poder da música
sobre os indivíduos, e por outro, técnicas de terapia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Os
estudos apontam a hiperatividade como um transtorno neurobiológico de origem
genética. Atualmente é catalogado na medicina sob o CID-10, com a denominação
de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H). É mais comum
entre crianças e adolescentes do sexo masculino, e os seus sintomas podem
estender-se até à vida adulta, porém mais brandamente. As características
principais são: impulsividade e desatenção. Há pessoas que apresentam apenas a
desatenção (Transtorno do Déficit de Atenção: TDA) e outras, cerca de 50%,
demonstram também agressividade, comportamento mentiroso e oposição. Uma pessoa
com TDA/H influencia o ambiente em que vive, geralmente negativamente: na
família é sempre o responsável por situações embaraçosas; na escola é
inicialmente bem aceito por ser agitado e brincalhão, porém, como também é
competitivo e por não saber compartilhar, vai aos poucos perdendo as amizades
(PHELAN, 2005). Algumas das consequências das citadas características é a baixa
tolerância à frustração e a tendência ao isolamento, o que faz das pessoas com
TDA/H seres humanos com baixa auto-estima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O
diagnóstico e tratamento para este transtorno devem ser feitos por uma equipa
multidisciplinar que envolve a família, a escola, psicólogos, médicos e
terapeutas. Atualmente, combina-se o uso de medicação (Psico estimulantes, que
paradoxalmente agem aumentando a atividade cerebral, mas criando condições para
que o cérebro do hiperativo mantenha um controle sobre a impulsividade,
vigilância e atenção) com terapias comportamentais, artesterapias e a
musicoterapia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Partindo-se
da verificação de que o aluno com TDA/H possui importante capacidade criativa e
espontaneidade nas suas ações e que tais características são de grande valia no
meio artístico, planeámos e desenvolvemos vivências musicais direcionadas à
interação entre os participantes, à observação e avaliação de seus comportamentos,
estimulando a sua participação e vibrando com os seus progressos, a fim de
elevar a sua autoestima.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
MUSICAIS</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Em
uma sala com almofadas, aparelho de som, instrumentos musicais (violão, teclado
e percussão variadas), material de desenho e pintura podem-se formar grupos com
três alunos cada (Sugestão) , trabalhando-se por uma hora com cada grupo, uma
vez por semana. As atividades musicais são realizadas visando a melhorar a
atenção e a concentração dos alunos e a promover a socialização de todos</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É
necessário um planeamento de aula para realização de atividades , e jogos com
instrumentos de percussão onde se procure despertar sincronia, pulsação,
interatividade e leitura de partituras alternativas. As combinações sonoras
levam à formação de parcerias entre instrumentos diferentes como forma de
estimular a interação entre o grupo: chocalhos e tambores de diferentes timbres
devem comunicar-se entre si, de forma a buscar a compreensão de que, tal como
os instrumentos musicais, as pessoas também devem saber se comunicar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Desenvolver
a escuta atenta e direcionada de trechos de músicas selecionadas, a fim de
sensibilizá-los musicalmente, é também uma atividade essencial dentro da
musicalização. Em cada aula se propõem focar um ponto, uma análise da letra,
uma melodia a ser estudada, porém com atividades variadas de curta duração (10
a 15 minutos) respeitando a pouca tolerância que o portador de TDA/H tem para
se concentrar. A avaliação sobre estas atividades é feita durante todo o processo
em que os pais, professores e orientadores são consultados sobre o desempenho e
comportamento do aluno em sala de aula e no ambiente familiar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">São
consideradas observações feitas com base nos trabalhos desenvolvidos por eles
para a formulação da prática de musicalização, ou seja, o trabalho em conjunto
com os pais e professores de outras disciplinas é primordial para que a criança
consiga se desenvolver no ambiente educacional de acordo com seu ritmo de
aprendizagem, podendo assim alcançar um extraordinário desempenho escolar e
social com o auxílio da música como ferramenta terapêutica. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Ao
se trabalhar com atividades de terapia musical e musicalização <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com as crianças, é fato constatado e
cientificamente comprovado o quanto esta<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>ferramenta <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lúdica contribui para desenvolvimento
escolar: na medida em que o aluno se interessa pelas atividades ele fica
entusiasmado, começa a seguir comandos, e a cada acerto torna-se mais motivado,
e assim, como num espiral ascendente a sua auto-estima vai-se fortificando. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCJ_FRQvvH4ODwB5zwg6d5PgWfUiUuBQK1kNkNYv785oYn7ZqkQD_sYe1vRP4-Za-9wzHMFnmwKOHGZifzPoK0-5OQcckC1YEptrFfG4npXxEU3gxR7DAkAyA2gELJOGqPvJWlHhjpC-o0/s1600/Mu%25CC%2581sica+na+escola.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="580" height="154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCJ_FRQvvH4ODwB5zwg6d5PgWfUiUuBQK1kNkNYv785oYn7ZqkQD_sYe1vRP4-Za-9wzHMFnmwKOHGZifzPoK0-5OQcckC1YEptrFfG4npXxEU3gxR7DAkAyA2gELJOGqPvJWlHhjpC-o0/s320/Mu%25CC%2581sica+na+escola.jpeg" width="320" /></a></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;">REFERÊNCIAS<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>BIBLIOGRÁFICAS
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">BENENZON,
Rolando. Teoria da Musicoterapia. 3ª ed. São Paulo: Ed. Summus, 1988. BRUSCIA,
Kenneth E. Definindo Musicoterapia. 2ª ed. RJ: Enelivros. CONDEMARIN, M.;
GOROSTEGUI, M; MILICIC, N; TDA: Estratégias para o diagnóstico e a intervenção
psico-educativa. 1ª ed. São Paulo: Ed. Planeta, 2006. JEANDOT, Nicole.
Explorando o universo da música. </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US;">2ª ed. SP: Editora Scipione, 1997. LELONG, Jean-Jacques S. Guy. </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">As Obras-Primas da Música. 1ª ed. SP: Martins Fontes, 1992.
NOVARTIS BIOCIÊNCIAS S.A. Com Desatenção e Hiperatividade não se Brinca.
Livreto TDAH, SP. PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de
aprendizagem. 4ª ed. Porto Alegre, RS: Ed. Metrópole S.A, 1992</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Artigo
– Prof Marcos L Souza<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "times new roman"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pedagogo
– Psicopedgogo – Educador musical – Historiador </span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-50592229349102245412018-01-03T16:14:00.001-08:002018-01-04T16:06:46.504-08:00O Poder dos Professores (Fátima Remédios)<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">É sempre emocionante falar e ouvir falar sobre Escola e Educação e ter a esperança de que haja vontade de melhorar, neste âmbito. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">Muitas vozes se fazem ouvir atualmente, manifestando o desejo de mudar o estado atual de coisas e salientando a urgência de abandonar, o quanto antes, um modelo de ensino obsoleto, inadequado e ineficaz. É importante, certamente, ministrar os conteúdos programáticos, zelar pela excelência a nível cognitivo e pela otimização dos resultados académicos. Contudo, muito mais importante é a formação do indivíduo como um todo, bem como o respeito pelo jovem que nasceu rodeado de estímulos tecnológicos variados e que, emocionalmente, nem sempre encontra, no atual sistema de ensino, um suporte que o ajude a gerir emoções, a sentir-se integrado e a potenciar as suas competências pessoais.
Não que, atualmente, se tenha deixado de reconhecer a mais-valia que constitui para um indivíduo ter o melhor desempenho possível, no domínio cognitivo. Para singrar e “ter um lugar ao sol” no mundo adulto, o jovem tem de corresponder, o mais possível, de acordo com as suas capacidades, às exigências dos programas, das avaliações, dos requisitos das diferentes disciplinas. Todavia, a primeira e principal preocupação deve ser a da formação do indivíduo como um todo, como um ser humano íntegro, honrado, altruísta, de confiança, equilibrado, generoso, atento aos outros, com grande capacidade empática, compaixão, aceitação das diferenças, tolerância, piedade… bem como para a integração do aluno no espaço em que se move, a fim de que tenha a inteligência emocional e resiliência necessárias para se adaptar aos ritmos, exigências e oscilações constantes do mundo atual. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">O professor deve desejar formar e ajudar, portanto, alunos para que se sintam bem, felizes e motivados para aprender, em sala de aula, que estejam adaptados, sejam aceites, amados e felizes, neste mundo alucinante de videogames, internet, acesso fácil a tudo e a todos, de dificuldade em lidar com a frustração e com o não, de miúdos medicados, revoltados, angustiados, apáticos, de pais um pouco perdidos, apressados, aflitos, num mundo adulto muitas vezes caótico… que tenham, na sua escola, um ambiente e uma envolvência que lhes permitam fazer o contraponto de todo este tumulto do mundo exterior - e eventualmente interior.
Há, hoje, jovens carentes e pobres, uma pobreza muitas vezes não material, mas emocional, à qual os sistemas educativos não têm dado resposta. Neste sentido, conquistar o afeto dos alunos, amá-los e compreendê-los, dar-lhes alegria, pode ser a chave para o sucesso das aprendizagens futuras. Mais, pode ser a chave para se ter, dentro de algumas décadas, adultos equilibrados, emocionalmente seguros e capazes de amar e ser amados. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">Estar atento ao bem-estar do aluno é essencial. Se este não estiver bem, não conseguirá reter nenhuma da informação veiculada; se não estiver calmo e estável emocionalmente, não conseguirá verbalizar tudo o que sabe… pode bloquear, fechar-se, desistir. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">Há um poder precioso, um poder que cada docente tem nas mãos. É incomensurável e incomparável ao de qualquer outro papel social, excetuando o de pai e mãe. É esse poder - essa enorme responsabilidade - de ajudar os adultos de amanhã A SER – aquilo que deve constituir a maior fonte de motivação de um professor e que deveria fazer com que a sociedade valorizasse e respeitasse mais este inigualável papel social.
É essa responsabilidade que fez, e faz com que, apesar de tudo, jovens corajosos, hoje, queiram abraçar esta carreira cheia de desafios difíceis, com vontade de apostar nesta nobre e insubstituível carreira, que muitos consideram um privilégio e uma missão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">É imprescindível continuar a acreditar, apesar do estado atual da educação, que temos nas mãos um tesouro inestimável: o de se poder, com o exemplo, postura e ensinamentos, ajudar a formar seres humanos honestos, bons e de confiança. Se se acreditar no seu lado bom, se lhes for dito que são bons, eles acreditarão e voarão.
Nos dias de hoje, ouvimos sobretudo queixas, lamentos e críticas (justificados, tantas vezes, bem entendido…) da parte dos professores, quando se fala em educação e da carreira docente. É bem verdade que os professores têm sido, nas últimas décadas, massacrados, maltratados por alguns setores da sociedade, com a sua função excessivamente burocratizada, com o futuro instável, com a autoridade questionada… </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk">Todavia, há quem queira, queira muito (se calhar ingenuamente), acreditar que, um dia, aqueles que detêm o poder económico e político desejem refletir mais sobre esta questão e investir mais num assunto tão fulcral para a humanidade, nomeadamente apoiando mais as escolas – um investimento que se traduziria na redução do número de alunos por turma, na aposta em outras áreas da educação, que privilegiam a espontaneidade, a criatividade… a Arte, a Música, o Teatro, em áreas que favoreçam o fortalecimento da inteligência emocional… há tanto por fazer…
Em conclusão, desejaria profundamente que qualquer professor, em qualquer parte do mundo, não perdesse de vista estas verdades, que consiga manter-se motivado, alegre e feliz, para os seus alunos, e que seja capaz de sorrir, acreditar, e de fazer sorrir os seus alunos. Que todos os que convivem com professores de alma e coração reconheçam o seu valor e os ajudem nesta missão, mais que não seja mostrando a sua empatia e apoio. Está tanta coisa em jogo…</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_3oh- _58nk"><i>Fátima Remédios, professora</i></span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-5731791292144088002017-03-24T12:05:00.000-07:002017-03-24T12:05:05.466-07:00A nossa experiência em Singapura (Gracinha Viterbo)Depois de três anos a viver em Singapura e a conviver com um ensino aberto, alegre e feliz, com respeito pelas crianças e pelas suas ideias, personalidades e tipos de inteligência (não o ensino oficial da Singapura, que é muito restritivo, mas o ensino das escolas internacionais, que juntam o melhor dos vários ensinos e
tradições escolares à volta do mundo), voltámos a Portugal e tenho agora quatro crianças em casa em completo choque cultural e emocional com o ensino português tradicional... Vivemos de perto pequenos detalhes que fazem toda a diferença na construção de humanos felizes e motivados. Na Singapura vi os meus filhos apaixonarem-se pela leitura, ciências, matemática, artes e muitos outros temas. Parece uma utopia mas existe, é real e funciona.<br />
Um exemplo: um piano deixado no recreio pelo professor de música, antes de as aulas começarem. Primeiro ninguém ligava ao piano, mas depois, dia após dia, não só as crianças se aproximaram como as que sabiam tocar acabaram por motivar as outras para a música. Pequenas medidas que espalham magia e motivam a aprendizagem... <br />
Nas escolas internacionais da Singapura, as crianças são divididas por método de ensino, <i>visual learners</i> e t<i>extual learners</i>: os visuais e os textuais. Os níveis num ano variam e também os dividem por níveis em matemática, língua, etc, e a leitura é o centro de tudo. A gramática não é dada isolada e pesada, é passada pela magia dos vários géneros de literatura. A escrita persuasiva é ensinada desde a pré. E os professores estão à porta da escola, com o diretor, todos os dias. Numa escola de 3000 alunos - não era pequena! - e professores em turnos, estes não deixavam de estar à espera dos alunos, de sorriso na cara. Eram os primeiros a motivar os alunos a estarem bem dispostos de manhã. <br />
Quando lá cheguei senti-me uma extraterrestre e os primeiros meses foram de espanto por ver os meus filhos a adorarem ir à escola de uma forma nova, a adorarem estudar ao ponto de quererem ir à escola até ao sábado! Sim, a escola enche ao sábado porque os alunos querem... É um espírito comunitário, criam-se clubes e grupos que desenvolvem projectos ligados ao que estão a dar durante a semana, e fazem trabalhos baseados em projectos individuais e em grupo.<br />
Agora, em Portugal, tenho o contrário, e é frustrante ver que pequenos passos fariam tanta diferença... Mas há um muro gigante chamado Currículo que trava tantos talentos e sonhos dos nossos filhos, neste país maravilhoso que temos aqui em Portugal, mas que tem um ensino esmagador e castrador... Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-24482562653313960422017-02-21T08:47:00.000-08:002017-02-21T08:47:02.418-08:00Exemplo de uma Escola Diferente (Sofia Guerreiro)<span class="_3oh- _58nk">Por vicissitudes da vida, a nossa família teve mudar em Agosto de 2016 de Lisboa para Barcelona e, por conseguinte, os meus filhos, de 12 e 8 anos, iniciaram, respectivamente, o 7.º e 3.º anos numa nova escola, num novo país. </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">Passados 4 meses, é inevitável a comparação entre o programa e forma de ensino da escola que os meus filhos frequentavam em Portugal e o programa e forma de ensino da escola que frequentam agora em Espanha.
Em comum, têm o facto de serem ambas escolas privadas. Para além da diferença linguística (que em Barcelona é um tema relevante, pois o ensino tem obrigatoriamente de ser em castelhano e em catalão, e no caso da escola dos meus filhos o ensino é trilingue – inglês, castelhano e catalão), deixo-vos algumas notas de relevo deste sistema: </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- ambos têm testes todos os meses de todas as disciplinas, ou seja, mais testes que em Portugal, mas com menor volume de matéria. O mais velho tem ainda exames finais a cada dois meses; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- ambos são obrigados a estudar um instrumento, para além das aulas de música normais. Como os meus filhos nunca tinham estudado um instrumento à séria, têm uma aula extra por semana para poder chegar ao nível dos outros alunos que levam anos de ensino de música e instrumento intensivos; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- o mais velho tem uma disciplina de empreendedorismo, que no 7.º ano é empreendedorismo social;
- todos os alunos do 4.º ano em diante têm tablet obrigatório, no qual têm todos os livros e fazem trabalhos de casa. Têm um blogue para dúvidas entre colegas e professores; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- as aulas de línguas do mais velho têm conteúdo de exercícios de duolingue através do tablet para praticar a língua em casa; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- ambos têm objectivos de leitura mensais e de elaborar as respectivas fichas de leitura; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- os últimos 30 minutos diários de aulas do mais novo são reservados para leitura em sala de aula; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- o mais novo tem um dossier da criatividade, que consiste em textos que ele escreve subordinados a um tema à sua escolha ou que retira de uma caixa de títulos da sala de aula; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- o mais novo tem natação curricular, para além da ginástica; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- em ambas as salas, os colegas são incentivados a explicar uns aos outros as matérias que algum ainda não apreendeu; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- ambos têm poucos trabalhos de casa: o mais novo, talvez uma ou duas vezes por semana, e o mais velho, pouco mais; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- ambos têm de apontar tudo na agenda da escola: trabalhos de casa, trabalhos de grupo, testes, visitas de estudo, materiais a levar; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- é proibido o uso de telemóveis dentro da escola: o mais novo nem sequer o pode levar para a escola e o mais velho está autorizado a levar mas não o pode ligar dentro da escola; </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">- o ensino de religião não é obrigatório, mas quem não tem a disciplina de religião, tem a disciplina de ética. </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">Não sei se este sistema é melhor que o sistema actual em Portugal, mas como mãe desde já vejo que ambos estão a ler muito mais e comentam mais as matérias dadas nas aulas, e as tardes depois das aulas são mais dedicadas a rever a matéria dada e não sob pressão de ter todos os trabalhos de casa feitos. </span><br />
<span class="_3oh- _58nk">Sofia Guerreiro</span>Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-40889631380173474482017-02-02T03:42:00.002-08:002017-02-02T03:42:33.011-08:00Rap e(m) Português (Sílvia Neves)
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<br />
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: Calibri; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Rap e(m)
Português</span></b></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ensinar,
hoje em dia? Desafio. </span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ensinar em
contextos sociais difíceis e instáveis? Grande desafio.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Motivar? Maior
o desafio.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ensinar
crianças requer criatividade, motivação e gosto por aquilo que se faz. </span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Sou
professora de Português do 2º Ciclo, numa escola da Damaia, e venho partilhar a
minha experiência com uma das turmas com pior comportamento da escola. Devo
dizer que, no início, apenas medidas bastante rigorosas funcionaram:
estabelecer regras, consequências constantes do mau comportamento, muita
exigência, tolerância zero. Dei-lhes capacidade de escolha: ou tinham aulas
diferentes ou aquele regime continuava. Cansados do mesmo, chegou um dia em que
alguns alunos pediram: “Por favor, Professora, queremos aulas diferentes, já
não queremos estas aulas.” </span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">A partir
daqui, o sentido das regras manteve-se, mas comecei a experimentar introduzir a
música nas aulas para abordar determinados conteúdos gramaticais e de
vocabulário, já para não falar da exploração das próprias letras, que apelam ao
sentido crítico dos alunos.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Foi muito
positivo quando percebi que captava a atenção dos alunos com o estilo musical
Rap. Fiz vários exercícios com as letras e a audição das músicas, que os alunos
cantavam e depois tinham de fazer trabalho escrito. Foi contagiante a alegria e
a adesão/entrega ao trabalho proposto. A concentração, o comportamento mudaram
para melhor e proporcionou-se uma maior partilha. A intenção futura é até criar
um trabalho multidisciplinar que utilize os estilos Hip Hop e Rap.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Já no ano
letivo passado, numa das minhas turmas, a experiência tinha sido muito
gratificante quando escrevi, juntamente com uma turma, uma letra para uma
música anti-bullying, que foi alvo de composição musical. É incrível ver a
motivação dos alunos quando sentem que constroem algo em conjunto com o
professor e, mais do que isso, quando a atividade lhes fala diretamente ao
coração. A música foi apresentada numa festa da escola e sei que é algo que
eles não vão esquecer…</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Com o
passar do tempo, percebi que uma boa estratégia para captar alunos muito
diferentes e com situações emocionais estáveis é levar para a sala de aula
elementos que estejam diretamente ligados à cultura dos alunos e que fale a
mesma linguagem deles. Nestes contextos socioculturais é importante que se
abordem temas como as injustiças sociais, a violência, os valores humanos, a
desvalorização do negro na sociedade, as drogas, entre outros. A diversidade
cultural é muito grande e pode ser bem explorada nas aulas, por intermédio de
atividades de interpretação. Utilizei artistas da língua portuguesa, como Boss
AC e Gabriel O Pensador.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">No fundo,
com este tipo de aulas, pretende-se que os alunos não percam o fio dos
conteúdos a serem trabalhados/estudados e, ao mesmo tempo, que tenham uma
aprendizagem de qualidade e que proporcione o seu desenvolvimento integral.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Apesar de
tudo, estas estratégias não são infalíveis e há que saber adaptar aos momentos
e “ler” a turma. Nem sempre funciona da mesma maneira. Continuo a ter alturas
de desânimo, dias difíceis, mas o que importa é nunca parar de tentar inovar.</span></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri;">Por fim,
partilho a música de Boss AC cuja letra trabalhei na época do Natal, em 2016. A
letra é fantástica!</span></div>
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Q9uT-ZIMVTE"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">https://www.youtube.com/watch?v=Q9uT-ZIMVTE</span></a></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Sílvia Neves</span></span><br />
<span style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Professora de Português </span></span>
<br />
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-8381197483335593982017-01-22T10:48:00.000-08:002017-01-23T03:04:12.457-08:00É urgente Mudar a Escola... (Jainete Massuça)<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Times;">É urgente
Mudar a Escola...</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Como
professora de 1º ciclo faz vinte anos, sinto a necessidade urgente de mudar a
Escola.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Vivemos
numa sociedade em constante transformação, onde a um ritmo cada vez mais
acelerado se verifica constante evolução a todos os níveis. A educação não
deverá ser exceção.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">A
sociedade evoluiu e a escola continua desde há muito estagnada.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Times;">Será esta
educação que temos a que na realidade queremos?</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Não me
parece... Devemos todos </span><span style="mso-bidi-font-family: Times;">juntos
colocar um ponto final </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">para o
modelo de ensino, ainda tradicional e dominante no país, um modelo que ainda
insiste em produzir e reproduzir a cultura do fracasso e da exclusão.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">A
verdadeira e única RESPONSABILIDADE de cada ser humano e de cada
pessoa/aluno/professor é manifestar-se como </span><span style="mso-bidi-font-family: Times;">SER ÚNICO</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">, ter e
defender ideias próprias guiadas por regras e civismo que deverá estar presente,
e ligados ao Todo.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">A ESCOLA
deve ser um espaço/contexto de desenvolvimento de competências generalizada,
sendo esta a ESCOLA que chama por nós: educadores, professores, pais e toda a
comunidade educativa envolvida.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Como tal,
e defendendo uma fórmula para mim de extrema importância, que elaborei
exclusivamente para este contexto educacional, no qual assento toda a minha
experiência enquanto aluna/professora e mãe...</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Todos nós
devemos ter a capacidade de colocar em prática a sabedoria que obtemos,
superando assim tudo o que nos surgir no dia a dia.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Times;">Prática +
Sabedoria = Superação</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Se
conseguirmos “olhar com olhos de ver”, todos percebemos que nos aos 70/80 as
crianças saíam de suas casas para a escola, onde aí adquiriam conhecimentos.
Muitos deles não tinham livros e poucos conhecimentos detinham as suas famílias,
que se dedicavam exclusivamente ao trabalho diário. A escola era sem sombra de
dúvida o local onde se ia beber conhecimento e conviver com os demais.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Atualmente
as crianças possuem uma quantidade enorme de saber. Convivem diariamente com as
redes sociais, com tecnologia em casa e com uma quantidade enorme de meios para
obter diversos conhecimentos. Os nosso alunos/crianças são “diferentes” dos
alunos/crianças de alguns anos atrás. A escola está idêntica e os alunos olham
para a escola como um lugar desmotivador e mais do mesmo, muitos deles não
tomam atenção à aulas , pois vão voltar a ouvir saberes que</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"> </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">já possuem... Devemos ser nós, escola, a adaptar-nos a estes novos
alunos. Arranjar estratégias para os motivar e a arrumar nas suas gavetas da
memória o conhecimento adequado. Ajudar os alunos a estruturar o que já sabem e,
acima de tudo, ensinar a pensar.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Lutando
todos os dia que me levanto para uma Escola Melhor, Motivadora e Rica, construí
dois projetos com a minha turma.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">No
primeiro projeto que intitulei “</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;">PROJETO
PILOTO sobre Dificuldades de aprendizagem nos alunos/psicologia positiva/pais,
alunos e professores na escola de hoje”, </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">estruturado em três momentos do ano letivo - primeiro, segundo e
terceiro período - onde os pais da turma são convidados a participar num dia na
escola com os seus filhotes e professores, e debater ideias. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Neste
primeiro encontro tive a honra de ter como professor convidado um amigo de excelência,
Dr. Jorge Rio Cardoso, que veio falar aos pais sobre as aprendizagens dos
alunos e esclarecer alguns temas sobre a educação.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Posteriormente,
decorreu um almoço partilhado com todos os presentes e uma atividade dinamizada
com a Fundação Eugénio de Almeida, onde os pais e filhos desenvolveram uma
atividade conjunta “Baú de memórias” e participaram numa visita ao Museu com os
seus educandos. Para terminar, realizámos uma prova de vinhos, todos juntos,
Professora titular, professores coadjutores, pais e filhos na adega da Cartuxa.
Os mais pequenos tiveram oportunidade de provar o azeite.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Quando
apresentei o projeto ao Colégio, este aceitou-o de imediato. Nem sempre foi fácil,
tudo isto dá trabalho e implica motivar a escola, pais e alunos. Mas no final o
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">feedback</i> foi muito, mesmo muito
positivo, uma vez que, para além dos pais da minha turma, também convidei
entidades oficiais da cidade e diretores de escola que me deram os parabéns
pelo projeto de excelência que está a ser dinamizado.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Neste
projeto existe uma envolvência entre pais/alunos e professores, assim como toda
a comunidade educativa. Aprendemos todos... aprendemos mais com a prática e o
debate de ideias, convivendo e criando laços entre todos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"> </span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"></span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Teremos
mais dois momentos até ao final do ano letivo semelhantes a este…</span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Não se
pode parar, e desistir faz parte dos fracos. Como tal, e seguindo as metas de
aprendizagem emanadas pelo Ministério da Educação, resolvi estruturar um
projeto e convidei a colega do grupo/ano para o desenvolver também.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">O projeto
nomeia-se “</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;">Vamos conhecer as
instituições da Cidade</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">” e faz
parte do programa a ser desenvolvido durante o mês de janeiro com os alunos do
2º ano. Entrei em contato com a Câmara Municipal de Évora, P.S.P., Bombeiros e
Hospital. Como tal, e abraçando desde logo o projeto, três instituições
responderam positivamente e desenvolveram uma atividade
para ser realizada no âmbito do conhecimento das mesmas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">A Câmara
Municipal nomeou o seu subtema como “Do lado de cá” e estruturou o projeto para
que outras turmas pudessem também desenvolvê-lo. A P.S.P criou o subtema “Vamos
ser polícias por um dia” e os alunos estiveram fardados na cidade de Évora a
trabalhar com os agentes da P.S.P, realizaram um panfleto em sala de aula que
distribuíram e um questionário aos automobilistas que irão analisar em contexto
de sala de aula, realizando gráficos e contagens. No hospital de Évora vamos à
parte da pediatria observar o dia a dia das enfermeiras e médicos e conhecer um
pouco a instituição.</span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">No final
do projeto vamos mostrar o trabalho que foi feito a toda a comunidade Educativa,
inaugurando uma exposição com maquetas, fardas e instrumentos das referidas
instituições, realizadas pelos alunos, pais e professores.</span> </span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7XJfMNgoMDkV1bLAbnQGrjvXEilVSvymxgumd5ticHWAVu4xRs6CSDY-Ihq5UPyqGEwX5bMTaMmuOOyZtCgUubCAc6eWu5WLk_wC7zIedd1pGY-oRpAkYj8yMCS62FKg5JxpmxpQ4plf/s1600/Janet+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_7XJfMNgoMDkV1bLAbnQGrjvXEilVSvymxgumd5ticHWAVu4xRs6CSDY-Ihq5UPyqGEwX5bMTaMmuOOyZtCgUubCAc6eWu5WLk_wC7zIedd1pGY-oRpAkYj8yMCS62FKg5JxpmxpQ4plf/s320/Janet+2.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dZLn1eXSudF1xYKlNqwLLNzID0fLQlo8-YoGDiyvHk_vbuTtsHaPcAMoqjjcoI98NxoqrTn7DdreG8R6_KKgvLkCZ8RHnMrt7C6r37AKywIouQB0A3Txok6KT1ZS-ptN2oiHfagxeIzN/s1600/Janet+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dZLn1eXSudF1xYKlNqwLLNzID0fLQlo8-YoGDiyvHk_vbuTtsHaPcAMoqjjcoI98NxoqrTn7DdreG8R6_KKgvLkCZ8RHnMrt7C6r37AKywIouQB0A3Txok6KT1ZS-ptN2oiHfagxeIzN/s320/Janet+1.jpg" width="240" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp03sfZO_HGcPop0hh1h-SHcsmcwTvoV2DcEyw2jmiYHLu_kNZJjVSpp3LtL2SKaJvtqjZCyzB3fZnf4a-t_I7JEoQtU_hJG2c_-MFw-msGSQN_knVOMbsk4RzukPK231ATrfXQXrTWCC0/s1600/Folheto+Viajar+de+Automo%25CC%2581vel+em+Seguranc%25CC%25A7a-co%25CC%2581pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp03sfZO_HGcPop0hh1h-SHcsmcwTvoV2DcEyw2jmiYHLu_kNZJjVSpp3LtL2SKaJvtqjZCyzB3fZnf4a-t_I7JEoQtU_hJG2c_-MFw-msGSQN_knVOMbsk4RzukPK231ATrfXQXrTWCC0/s320/Folheto+Viajar+de+Automo%25CC%2581vel+em+Seguranc%25CC%25A7a-co%25CC%2581pia.jpg" width="225" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Para mim,
assim deve ser a escola, mas esta escola tem que mudar e todos devemos seguir e
lutar para que o modelo atual faça parte do passado e da história de um povo.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Não é
fácil... encontro muitos obstáculos, muitas pedras no caminho... mas vou seguir
dentro daquilo que me possibilitam o modelo, procurando a Escola que, a meu
entender, deverá ser o melhor para os meus alunos, os homens e mulheres de
amanhã, que não devem viver amarrados e encostados à sombra da azinheira. </span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Times; mso-no-proof: yes;"></span><span lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Times;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Times; mso-no-proof: yes;"></span><span lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: Times;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Times; mso-no-proof: yes;"></span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Acredito
que Vamos Mudar a ESCOLA... Mudar será a necessidade urgente pela qual todos
juntos devemos lutar...</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Quero uma
escola onde alunos, professores e pais se sintam felizes , motivados e com a
capacidade de ACREDITAR SEMPRE.</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Professora
Doutora Jainete Massuça</span><span style="mso-bidi-font-family: Times;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-43619731109733148772017-01-22T09:52:00.001-08:002017-01-22T09:52:47.340-08:00Por Uma Escola mais Consciente da importância de uma boa postura (Marina Veladas)
<br />
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<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 14.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">10%</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Na minha prática diária como fisioterapeuta encontro
frequentemente alterações posturais em crianças e adolescentes, que levam
posteriormente a queixas de dor, relacionadas com más posturas em casa, na
escola e com o peso transportado nas mochilas escolares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Durante o período de crescimento e desenvolvimento,
qualquer postura incorreta, repetida e prolongada no tempo, afeta a longo prazo
a estrutura óssea e muscular. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Por volta dos 10-12 anos o crescimento súbito causa
desproporções nas dimensões do corpo; o crescimento ósseo muito rápido não é
acompanhado com flexibilidade proporcional dos músculos e a força da gravidade
atua no controlo postural de uma forma muito diferente, tal como se fosse uma
árvore que cresce demais e abana mais com o vento! Imaginemos um peso enorme a
puxar todas estas estruturas para trás… o que se sabe é que a coluna vertebral
tem tendência para curvar pela zona onde as estruturas estão mais frágeis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Há inúmeros estudos que, resumidamente, relacionam as
queixas de dor nas costas das crianças e adolescentes com o peso excessivo das
mochilas, o trajeto percorrido, as mochilas desajustadas, etc. Parece também
haver uma prevalência nas raparigas e um aumento das queixas com a idade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O peso da mochila nunca deve ultrapassar os 10% do
peso da criança. No entanto, existem estudos que encontram alterações posturais
em percentagens ainda inferiores (6%).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Também são encontrados outros factores muito
importantes, como por exemplo a posição da secretária do professor dentro da
sala de aula, a disposição das mesas dos alunos, a altura das mesas e cadeiras
e a pouca prática de exercício físico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Julgo ser necessária e urgente a consciencialização
dos encarregados de educação e professores, de modo a diminuir a necessidade
das crianças transportarem diariamente tanto peso às costas e, por outro lado,
explicar às nossas crianças as consequências das más posturas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Deixo aqui alguns links de artigos de investigação
interessantes e que abordam algumas destas questões:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><a href="http://www.index-f.com/referencia/2009pdf/11-93104.pdf"><span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">www.index-f.com/referencia/2009pdf/11-93104.pdf</span></a><span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1646-107X2012000400010&script=sci_arttext&tlng=p"><span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1646-107X2012000400010&script=sci_arttext&tlng=p</span></a><span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/28280/1/MasPosturas.pdf"><span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/28280/1/MasPosturas.pdf</span></a><span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Marina Veladas Costa</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #1d2129; font-family: Arial; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Fisioterapeuta </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-78163429261015357032017-01-21T02:48:00.000-08:002017-01-21T02:48:06.440-08:00BOAS EXPERIÊNCIAS - O Cantinho do Relaxamento, por Sandra Nave Nogueira<br /> Sandra Nave Nogueira, professora de 1º ciclo no
Colégio Monte Flor, partilhou connosco uma experiência que se tem
revelado muito positiva. Na sua sala de aula, criou um "cantinho" de
relaxamento, onde cada criança pode ir, livremente, sempre que se sinta
mais triste, mas cansada, mais "zangada" e relaxar um pouco. Nesse
cantinho existe um cesto que contém potes da calma, saquinhos de
alfazema, plasticinas, lápis e folhas brancas, exercícios de respiração e
bolas anti-stress...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAMJYZbCIr9lC_YDcDKL3nkbQLpEOvrIOWs6DkgLKOh-d2CDn2s2H6In4fdV0trGdhEWQd-RKQjd9-Vbs_aDbU1EGDu3pWVNKXAa2ize_V_xSGIGuW3qx-WB1jk41bXMhdezMccWDbNHpo/s1600/Cantinho+Sandra+Nave+Nogueira.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAMJYZbCIr9lC_YDcDKL3nkbQLpEOvrIOWs6DkgLKOh-d2CDn2s2H6In4fdV0trGdhEWQd-RKQjd9-Vbs_aDbU1EGDu3pWVNKXAa2ize_V_xSGIGuW3qx-WB1jk41bXMhdezMccWDbNHpo/s320/Cantinho+Sandra+Nave+Nogueira.png" width="178" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_CklXGHd75HSsHzB3ViNiXZ9SMlXCQ3uBY7NaqVf1KLRApOANJDsXRhB91PbPt-A9RsL5duVx9tqbVcDN_FlMXz1fWNS9PvClsPrmnb2hG5DlnO8z0bDnX4ypTWhNensrmfGyt16Z9CKK/s1600/Cantinho+2_Sandra+Nogueira.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_CklXGHd75HSsHzB3ViNiXZ9SMlXCQ3uBY7NaqVf1KLRApOANJDsXRhB91PbPt-A9RsL5duVx9tqbVcDN_FlMXz1fWNS9PvClsPrmnb2hG5DlnO8z0bDnX4ypTWhNensrmfGyt16Z9CKK/s320/Cantinho+2_Sandra+Nogueira.png" width="320" /></a></div>
<br />
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-15304327368578414022017-01-19T14:51:00.001-08:002017-01-19T14:51:03.181-08:00Por Uma Escola Diferente (Joana Casimiro)
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<br />
<div class="MsoNormal">
Eu sou a Joana, tenho 37 anos e sou mãe de 4 filhos.</div>
<div class="MsoNormal">
Não sou licenciada, mas sim apaixonada pelo universo da
infância.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Passei de uma Educadora de Afectos, para uma Professora
Primária com uma régua de madeira em cima da secretária. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Prevaleceram os afectos e guardo no meu coração os
professores que mostravam a paixão desta arte de ensinar, assim como me sinto
uma privilegiada por ter no meu núcleo duro pessoas ligadas à área da saúde,
educação e por quem tenho tamanha admiração. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Porque cada criança é um ser único e especial. Porque deve
ser respeitado o seu ritmo. Porque tem o direito a não ser catalogada e
rejeitada. Porque todos temos gostos e formas de pensar diferentes. E porque
nas escolas não estão a dar a oportunidade das nossas crianças desenvolverem e
adquirirem as ferramentas mais preciosas na vida. Estas competências não estão
nos manuais e não se ensinam despejando matéria do início ao fim das aulas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O receio da imposição educativa, o percurso dos meus filhos
mais velhos, deu-me a certeza de seguir a minha intuição e, mesmo com o olhar
de desconfiança da própria sociedade, o meu filho mais novo que, por fazer anos
depois de 15 de Setembro é considerado uma criança condicional, está a usufruir
da decisão de poder permanecer mais um ano nas histórias do faz de conta e
respeitar o seu crescimento como ser único e especial que é. Deixem as crianças
brincar!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Felizmente, existem Educadores, Professores, Pais e Famílias
diferentes nesta forma muito peculiar de pensar... Por Uma Escola Diferente...!
</div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-22377236954947447522017-01-19T14:42:00.002-08:002017-01-19T14:42:28.365-08:00Por Uma Escola Diferente (Rita Alves)
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">O meu manifesto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por uma Escola Diferente</i> começa por dar voz a quem me mostrou ao
longo da vida que a escola é uma parte da vida, e que a vida é a maior escola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Agradeço à minha professora primária, Maria do
Céu, nunca ter abandonado a minha turma da 1ª à 4<sup>a</sup> classe e por nela
caberem tantas palavras como empenho, respeito, olhar, empatia, amor. Agradeço-lhe
a forma como me ensinou a juntar as letras, deve ter sido uma descoberta tão
maravilhosa que eu própria repeti a experiência, fazendo eu de professora e a
minha avó de aluna. Agradeço aos meus avós tantas histórias de resiliência e
exemplos de amor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Agradeço à minha mãe nunca deixar de me pedir
que escrevesse cartas aos meus familiares. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Agradeço aos meus chefes de escuteiros terem-me
ensinado, aos seis anos, a responsabilidade de “fazer” uma mochila, a quem eu
escutei e não cumpri, e que tal atitude me levou a caminhar vários quilómetros
com umas botas espetadas nas costas, em vez de um saco-cama a acolchoar o impacto
da mochila pesada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Agradeço aos que fizeram parte da minha
história o facto de eu hoje ser uma professora em construção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Nunca tive o sonho de ser professora. A
licenciatura foi feita pelo prazer das atividades ao ar livre. Cedo percebi que
nunca conseguiria exercer tal prazer nas escolas. Cedo percebi que não
aguentaria várias horas seguidas, dezenas de crianças entre ranho, suor,
gritos, idas à casa de banho. No período de estágio mais significativo percebi
que era preciso viver todos os dias apaixonado pela profissão porque, se assim
não fosse, não era possível tantas horas seguidas e com sanidade mental.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Ter uma profissão como a de Professor é viver sempre
com a sua profissão. É viver com um complemento à vida que preenche tanto tempo
dela.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É viver sempre com um olhar
pedagógico. É viver feliz, menos feliz, com esforço, trabalho, lutas, vitórias,
fracassos, alegrias, injustiças, justiças e sempre conscientes de que somos
poetas em constante construção. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Manifesto-me <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por Uma Escola Diferente</i> onde os professores estão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que trabalham num lugar de
constante surpresa, porque lá habitam seres curiosos que todos os dias formulam
perguntas e não se contentam somente com uma resposta. Conscientes de que se
isto não acontece, não estão numa Escola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que trabalham num lugar onde não
há uma assistência, mas onde todos participam, cooperam, organizam, debatem e
são autores. Conscientes de que se isto não acontece, não estão numa Escola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que, quer eles quer os seus
alunos são investigadores de primeira linha. Conscientes de que se isto não
acontece, não estão numa Escola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que trabalham num lugar por
vezes frio, com paredes forradas de desencanto e corredores que guardam gritos
mas que à sua passagem se enchem de Luz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que trabalham num lugar onde
muita da agressividade e da violência provém de uma falha na raiz dos seus
participantes: amor. Conscientes de que são um bom suporte para o crescimento
saudável dos seus alunos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que a alegria, a verdade e a
empatia devem ser palavras-chave em todos os relatórios, ordens de trabalho e
atas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que qualquer dificuldade só o
deixa de ser quando olhamos para ela e lhe damos uma solução.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de as pessoas com as quais passamos
a maior parte do tempo das nossas vidas, os nossos alunos, não são menos ou
mais do que qualquer outra pessoa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que as pessoas, todas elas, e de
todas as idades, preferem um bom problema a uma não-solução.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que todos os seus colegas de
profissão, alunos têm uma impressão digital diferente. Conscientes de que todos
eles também têm uma casa diferente da sua. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que são modelos na formação de
uma pessoa e que essa pessoa os olha com esperança. Conscientes de que "Não
sou, junto de vós, mais do que um camarada um bocadinho mais velho. Sei coisas
que vocês não sabem, do mesmo modo que vocês sabem coisas que eu não sei ou já
esqueci. Estou aqui para ensinar umas e aprender outras. Ensinar, não: falar
delas. Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer
que nos encontremos." como foi Sebastião da Gama.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">conscientes de que são poetas em eterna
construção... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Rita Alves</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi;">Professora Ensino Básico 1º ciclo e Ensino
Superior</span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-43452255033039669712017-01-19T14:36:00.001-08:002017-01-20T02:54:43.780-08:00Por uma Sociedade mais Feliz e Saudável, através da Educação (Cristina Baptista)<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Sou mãe, tenho formação médica, sou professora e estudante
de Neuroeducação. E sou, paralelamente a tudo isso, uma mulher ativa que quer
contribuir para uma sociedade mais feliz e saudável, o que acredito que obrigue
a uma intervenção na Educação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT;">E porquê?</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Porque as Crianças revelam uma percentagem elevada
de desmotivação, na escola. Apresentam também níveis de isolamento e
agressividade preocupantes, condições que dificultam a aprendizagem, o seu
sucesso pessoal e, posteriormente, o profissional. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="EN-US">O </span><span style="mso-ansi-language: PT;">modelo educativo atual
não prepara os alunos para os desafios que o mundo em que vivemos no séc. XXI
requer. De acordo com a OCDE, precisamos que os indivíduos tenham, para além do
conhecimento específico da sua área, competências como criatividade, pensamento
crítico e comunicação, e saibam ainda trabalhar em colaboração.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-ansi-language: PT;">Neste
sentido, o que poderíamos mudar no sistema educativo?</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* As crianças são todas diferentes entre si,
aprendem de forma diferente e as necessidades de cada escola também<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>são diferentes, por isso precisamos de
autonomia nas escolas e de um ensino adequado a cada perfil de criança. Não
podemos ter uma escola igual para todos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* É preciso haver uma mudança de mentalidade, os
professores precisam de novas ferramentas para os desafios de hoje, precisam de
conhecer melhor o funcionamento do cérebro, terem conhecimentos da
neurociência, a emoção e a razão não podem ser separadas. Não há aprendizagem
sem o envolvimento da emoção. Desenvolvermos conteúdos emocionais significa
também desenvolvermos o cognitivo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">A emoção, a empatia e o afeto promovem o
aproveitamento dos alunos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* Os alunos deveriam aprender também a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">comunicar de forma empática</b>, no sentido de se colocar no lugar do outro, respeitar e escutar, saber gerir conflitos e evitar a agressividade. É fundamental para trabalharem num mundo cada vez mais global, para além de
facilitar a criação de relações interpessoais com qualidade, que lhes permitam sentirem-se
mais felizes e saudáveis. Numa época onde abunda o isolamento e o sentimento de
desconexão,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>são notórios os efeitos prejudiciais
no aproveitamento escolar...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* Os professores precisam de ser criativos<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>para estimular a curiosidade do
conhecimento,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e desenvolver<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aulas mais interativas onde os alunos possam
ser mais participativos e também <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">criativos</b>
ou inovadores, onde trabalhem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em equipa
para desenvolver mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">colaboração</b>. O
professor não pode ser o individuo que “despeja” o programa curricular, precisa
de desenvolver <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pensamento crítico, </b>levando
os alunos a analisarem, refletirem e escolherem uma estratégia/ ação. Deve
ensinar os alunos a pensar e a saber estudar, ou seja, a aprender método de
estudo e a saber pesquisar e selecionar<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>a informação disponível na internet.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Um aluno não aprende com teoria, precisa de
perceber a aplicação do conhecimento que está a adquirir, assim a vivencia e, e
com a reflexão dessa vivência, permite-se a integração do conhecimento, sem ser
preciso “marrar”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* O professor, em vez dos clássicos T.P.C. , obrigatórios,
com a imagem pesada que a própria palavra lhe dá, motivaria os alunos a fazerem
pesquisas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* Os alunos precisam de tempo livre, precisam de
brincar mais ou de ter tempo para socializar mais, há um excesso de carga
horária escolar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Os professores <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>precisam de sentir que o aprender é também é
ou pode ser diversão. Pode parecer paradoxal, mas o lúdico e a vivência são
excelentes formas de ensinar melhor. Por oposição, criar um ambiente de tensão
ou de stress, pelas endorfinas que liberta e as implicações dessa bioquímica,
só dificulta a aprendizagem e o aproveitamento escolar. Pais e professores
precisam desta consciência.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">* As avaliações não podem apenas avaliar o
conhecimento, têm também de avaliar competências tais como a atitude, comunicar,
cooperar, a capacidade de inovar, de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>analisar pensar e agir.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essas competências<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>serão precisas no mundo lá fora para
encontrarem novas soluções para um mundo em constante mudança.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-ansi-language: PT;">Nota: criar um espaço para os alunos aprenderem
competências não significa aumentar o número de horas. Existem programas aplicados
em muitas escolas em que os conteúdos do programa são leccionados tendo em
conta o desenvolvimento destas competências.</span><br />
<br />
<span style="mso-ansi-language: PT;">Cristina Baptista</span><br />
<span style="mso-ansi-language: PT;">Associação Sorrir </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-81328061281863620892017-01-09T13:08:00.001-08:002017-01-09T13:15:19.381-08:00Por um Novo Paradigma na Educação (Madalena Alves)<style>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Como mãe, a minha vida
centra-se nos filhos. As preocupações são as mesmas que as de todas as outras
mães: queremos as crianças saudáveis, por isso procuramos uma boa alimentação,
exercício físico e bom acompanhamento médico. Queremos crianças felizes, por
isso procuramos estimular a autoestima, atividades para que descubram as suas
vocações, e oportunidades para brincarem, resguardados do mal que anda por
fora. Queremos também formar boas pessoas, pessoas competentes, pessoas únicas
com capacidades únicas para alimentar a nossa sociedade, e para isso procuramos
uma boa educação.</span><span style="mso-bidi-font-family: "Helvetica Neue";"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">O que é certo é que os alunos
de hoje estão desmotivados para a aprendizagem, o ensino não é adequado às
necessidades e ao contexto atual, e certamente eles não percebem por que lhes é
útil, para além de servir para passar nos exames. Os currículos são tão
extensos que não dá para os professores serem professores, para ensinarem, só
dá para debitarem matéria sem tempo sequer para tirarem dúvidas. Será que
decorar matéria para passar um teste, e seguidamente a esquecer, pois têm de
decorar mais matéria para outra disciplina, é razoável? Nós, pais, temos
abordagens diferentes para cada filho, mas não damos tempo aos Professores de
fazer o mesmo com os seus 30 alunos...</span><span style="mso-bidi-font-family: "Helvetica Neue";"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">As crianças aprendem ao fazer,
ao explorar, ao debater, ao ensinar o próximo. Este sistema atual de ensino
dirigido, gera adultos com poucas competências para lidar com a vida, para
fazerem eles próprios, criarem eles próprios. Gera cidadãos que não sabem
como participar mais ativamente na vida do país, pois estão habituados a ser
espetadores. E gera pessoas frustradas e tristes porque nunca viveram o seu
potencial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Os primeiros anos de vida, e
não falo apenas do pré-escolar mas também do primeiro ciclo, deviam estar
inteiramente dedicados a ensinar competências, primeiro sócio-afetivas e depois
de trabalho em equipa, técnicas de aprendizagem, a busca da autonomia (que não
se deve confundir com independência), o autoconhecimento, o gosto pela
aprendizagem. Para que é que um aluno nesta idade deve saber o trajeto do bolo
alimentar, na sua transformação em quilo e quimo? E avaliamos todo este
conhecimento que não serve para nada, e não as competências que vão ser
necessárias para o futuro... Desde que decore, está tudo bem. E o que acontece
quando esta criança vira adulto e não sabe sequer gerir as suas finanças?</span><span style="mso-bidi-font-family: "Helvetica Neue";"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Portugal está cheio de génios
que se dão mal naquilo em que lhes obrigamos a ser bons. Li em tempos e
concordo: “Temos linhas uniformes, e grades curriculares, a </span><span style="mso-bidi-font-family: "Helvetica Neue";">arquitetura da Escola Tradicional
imita uma penitenciária. Celas trancadas (salas de aula) e corredores. Ambiente,
rotinas e relações institucionalizadas. Um mundo à parte. Não é
socialização, de verdade. É um simulacro esquelético de socialização. O
recreio equivale ao banho de sol diário dos prisioneiros. Sempre curto demais e
barulhento de energia acumulada. Crianças saudáveis vivem a Escola como
uma prisão. Em nível sutil, é mais grave: a colonização do corpo e da
subjetividade por programas disciplinares funciona como uma prisão invisível,
que acompanha a pessoa aonde ela for.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri;">Quando vamos
deixar o ensino dirigido, e passar a métodos amplamente estudados que são
infinitamente mais eficazes? Queremos criar uma escola diferente, ao mudarmos o
paradigma da educação! Estou certa de que a motivação dos professores aumentará,
pois ser-lhes-á devolvido o prestígio e a devida importância na sociedade (são
das profissões mais nobres e menos reconhecidas e recompensadas do país); a
motivação e autoconfiança das crianças também aumentará, pois passaremos a um
ensino de certa forma individualizado e aberto a todo o tipo de vocações; e a
sociedade terá profissionais de todos os ramos, mais bem preparados e, por
conseguinte, com mais sucesso e maior produtividade. Teremos uma sociedade
feliz e a contribuir com toda a sua potencialidade, em vez de pessoas que foram
reprimidas toda a vida. </span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-3223801868370959892017-01-09T01:35:00.000-08:002017-01-09T01:35:00.080-08:00Por Uma Educação Nova (Maria Paraíba)<br /><div style="text-align: justify;">
<span class="_5yl5"><span>A verdadeira e única RESPONSABILIDADE de cada ser humano e de cada pessoa/aluno, é cumprir-se, manifestar-se como SER ÚNICO, consciência única, ligada ao Todo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_5yl5"><span>Na escola e no seio familiar, o Ser deve auto-conhecer-se, para poder fazer escolhas que vão de encontro a esta manifestação. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_5yl5"><span>Por isto, a ESCOLA, deve ser um espaço/contexto de desenvolvimento de competências ligadas à essência de cada um, em que a responsabilidade individual acontece de forma expansiva relativamente a este conhecimento de SI. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_5yl5"><span>Esta é a ESCOLA que chama por nós: educadores, professores e pais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="_5yl5"><span>Maria Paraíba</span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="_5yl5"><span><i><span class="_5yl5"><span>Mãe, educadora infantil e facilitadora em meditação</span></span></i> </span></span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-24908433560613233622017-01-05T15:41:00.000-08:002017-01-05T15:41:00.493-08:00A Educação pela Arte, e a Urgência de Uma Escola Diferente (Isabel Medina)
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<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em Outubro de 1974,
ano da revolução, comecei a leccionar como professora estagiária de Inglês e
Alemão, no então Liceu de Queluz. Com apenas 22 anos deparava-me com um cenário
de mudança em que tudo seria possível. O ensino, tal como o conhecera, iria
mudar. E estava nas nossas mãos fazê-lo. A escola tradicional, herdada do
séculos XVIII e XIX, as carteiras alinhadas frente ao professor, a escuta
passiva, o decorar sem saber para quê, o “autismo” a que éramos relegados, a
pressão que nos impedia de crescer, tudo iria mudar. Entusiasmada, mergulhava
nas novas pedagogias, descobria novos caminhos, experimentava abordagens
motivadoras que permitissem desenvolver a imaginação, a criatividade, a
responsabilidade. Porque o Teatro fazia já parte da minha vida, nele encontrei
técnicas que aplicava nas aulas, permitindo que os alunos sentissem a
necessidade de aprender e desenvolver o seu conhecimento das línguas para
melhor poderem participar. O facto de o poder fazer enquanto estagiária e, no
ano seguinte, como orientadora de estágio, foi marcante. Tinha tempo, tinha
condições, e um grupo de professores confiante e empenhado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E foi durante esses
dois anos que cresceu em mim a vontade de me dedicar à aplicação de técnicas
teatrais e de jogo dramático no Ensino. Ao tempo, um grupo de professores
ingleses (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">English Teaching Theatre</i>)
apresentava um espetáculo de curtos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sketches</i>
cómicos para o ensino do Inglês que funcionava como motivação para o ensino da
língua. Os resultados eram muito eficazes. Conversando com eles apercebi-me de que
este tipo de experiências eram já bastante recorrentes em vários países, com
resultados muito positivos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em Portugal, a
Fundação Calouste Gulbenkian, através do seu Centro de Investigação Pedagógica,
desenvolvia desde meados do século XX e com a participação de brilhantes
pedagogos, entre eles o Prof. Arquimedes da Silva Santos, estudos em torno da
psicologia da criança e da sua relação com as artes, que levaram aos princípios
orientadores da Educação pela Arte, curso ministrado no Conservatório Nacional.
Frequentei o curso, e em 1976 apresentei ao Ministério da Educação a proposta
de formação do Gabinete de Comunicação e Teatro, constituído por um grupo
multidisciplinar de professores que, para cada disciplina, desenvolvia um
conjunto de exercícios e jogos de aprendizagem, com base em técnicas teatrais e
jogo dramático. Para além de oficinas práticas tanto para professores como para
alunos, de carácter mais didático, existia um seminário abrangente com o
propósito de despertar e desenvolver o indivíduo em todas as suas
potencialidades, privilegiando a imaginação, a liberdade, o foco, o poder da
palavra, a co-criação através de várias formas artísticas. Este seminário
encerrava com uma grande improvisação pelos participantes, seguida de um espetáculo
apresentado pelos orientadores. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Projeto aceite
depois de muitas peripécias, deu-se início em 1977 ao núcleo base do gabinete:
apenas foram autorizadas formações para as disciplinas de Português e Inglês.
Com muita resiliência e empenho, e com resultados surpreendentes em turmas-piloto
que acompanhávamos, o projeto foi expandindo até que, em 1980, o Gabinete de
Comunicação e Teatro conheceu finalmente<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>o seu formato original. Não é este o momento de escrever sobre o impacto
e os resultados obtidos. Sim, foram excelentes, com turmas-piloto a
provarem-no, com o Conselho da Europa a não só validá-lo como a indicá-lo como
uma das experiências mais inovadoras e bem-sucedidas realizadas no âmbito
europeu. Experiência que foi replicada noutros países e… continuada. Em 1988 o
Gabinete de Comunicação foi considerado um “luxo” pedagógico que o Ministério
não podia continuar a apoiar. Em 1989 foi extinto, por minha vontade, já que
seria a única professora a continuar agregada ao Ministério da Educação, depois
de anos a tentar que os nossos relatórios e sucessos alcançados se vissem
minimamente refletidos nas várias reformas do ensino que, entretanto,
aconteceram.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fui buscar a minha
experiência, em primeiro lugar porque só sei falar daquilo que realmente vivi,
e em segundo, e mais importante, para que possamos perceber que, desde o início
do século XX, pedagogos reconhecem a ineficácia de um sistema de ensino saído
da revolução industrial e pensado para uma determinada época. Sabiam eles e
sabemos nós que apenas um desenvolvimento global de todas as valências de um
ser humano podem contribuir para um saudável desenvolvimento da criança, e para
as aprendizagens que a sociedade lhe oferece. Sabiam eles e sabemos nós que
todos somos diferentes, que as padronizações se fazem por condicionantes
físicas, financeiras, culturais, sociais, políticas, mas que cada indivíduo se
pode demarcar dessas condicionantes se lhe for possível o acesso à sua
verdadeira identidade, livre de medos, de ansiedades, de constrangimentos, de
preconceitos. Livres interiormente, abertos a novos conhecimentos, responsáveis
e seguros, são esses os seres humanos que queremos ver crescer. Para isso a
Escola tem de mudar. E se os responsáveis, os que investem e acreditam num
ensino diferente não conseguem fazer-se ouvir, então a questão é política. O
Poder não quer sociedades felizes, responsáveis, livres? O Poder prefere criar
fantoches manipuláveis? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao escrever as
últimas linhas do parágrafo anterior, disse para mim própria: basta! Toda a
minha vida, o Poder, a vontade política, etc, foram os monstros sem rosto que
tive de enfrentar. Os rostos que me diziam “não é possível mudar”, eram os
rostos do medo, os rostos dos sem-rosto, dos que aceitam o que lhes parece
inevitável, porque são essas as “diretivas”. Os que me diziam “ainda não é
altura, é preciso tempo…” eram as crianças formatadas que ocupavam agora os
lugares pelos quais tinham sofrido nas cadeiras da escola. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas os tempos
mudaram. Mudaram muito e continuam a mudar a grande velocidade. Somos muitos os
que sabem que sim, é tempo. Não podemos continuar a lobotomia de seres
maravilhosos. Não podemos permitir que as nossas crianças a quem, na infância,
tantas vezes reconhecemos talentos e capacidades, sejam transformadas em mais
um número no mercado de trabalho. Quantas vezes se ouve dizer: “prometia tanto
em miúdo…”, “perdeu-se completamente, o que terá acontecido?”. E, se formos a
ver o que aconteceu, damos connosco a não compreender. Pois… Se até teve uma
vida tão boa… Mas houve a Escola pelo meio, não?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O Ensino pode ser o
grande demolidor ou o grande construtor. Sabemos como pode ser construtor. E
sabemos como pode ser demolidor. Se o Poder não quer, se a vontade política não
é essa, qual a solução? Há escolas onde novos conteúdos estão a ser
implementados, onde o desenvolvimento transpessoal e o ensino pelas artes têm a
primazia. Dizem pais e pedagogos que não serve para os exames, mas que correm o
risco. O ensino público servia o mercado de trabalho. Já não serve. A
imaginação, a responsabilidade, o entusiasmo, o propósito, o seguir o que mais
gostamos, o termos respeito por nós próprios, levou milhares a co-criarem o seu
próprio emprego. Assim surgem, a cada dia, novas perspectivas, propostas
diferentes. Não estarão muito melhor preparadas para esses desafios, as
crianças que frequentam agora as escolas alternativas que o Estado não
reconhece? E, acima de tudo, não serão mais felizes?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Enquanto nada é
feito pelos governantes, mudemos nós, agora. Pelo bem-estar de futuras
gerações. Por um mundo melhor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isabel Medina</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">05/01/2017</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-54890530897729763342017-01-04T06:03:00.002-08:002017-01-04T06:03:34.497-08:00Por Uma Escola Diferente, Pela Defesa dos Direitos das Crianças (Inês Neves)
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manifesto</b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Por uma Escola
Diferente, pela defesa dos Direitos das Crianças</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Declaração Universal dos
Direitos da Criança e a Convenção sobre os Direitos da Criança (ratificada pelo
Estado Português em 1990), representam um vínculo jurídico para os diversos
países. Defendem o interesse superior da Criança como “a diretriz prioritária
em todas as decisões que lhe digam respeito para a sua educação e orientação.
Esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais”. Segundo os
documentos, a Criança terá “ampla oportunidade de brincar e divertir-se e a
sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste
direito”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não obstante, a que se assiste na
realidade, na sociedade e no ensino público em Portugal? Ao sacrifício dos seus
interesses superiores de forma a facilitar interesses administrativos,
económicos e burocráticos, de agrupamentos, de empresas, de Ministérios...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Terão os alunos do 1º ciclo
“ampla oportunidade de brincar e divertir-se” com horários letivos semanais de
25 e 27 horas? Acrescidos, para a maioria, de atividades extracurriculares?
Acrescidos ainda, para muitas, de horas no CAF, cujos pais não têm
flexibilidade horária laboral, como acontece noutros países da Europa? Para Crianças
entre os 5/6 e os 10 anos, não seria ideal apenas uma manhã de aulas?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Será do interesse superior da
Criança exigir-lhe concentração durante 90 ou 120 minutos seguidos (tendo em
conta que uma aula, no ensino superior, tem a mesma duração)? Serão suficientes
os intervalos de 10 ou 15 minutos no 2º e 3º ciclos?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Será do interesse superior da
Criança, entre os 6 e os 10 anos, ter dias com 8h e 30 minutos de aulas, quando
um adulto trabalha 8h por dia? Não será claramente inaceitável que esta
situação exista e que se repita um pouco por todo o país, com a permissão de
toda a comunidade educativa, por força de constrangimentos administrativos?
Propicia-se o insucesso escolar e desrespeita-se o desenvolvimento harmonioso,
a saúde física, emocional e familiar, ao mesmo tempo que se ignora a Lei de
Bases do Sistema Educativo. Se há educadores que se insurgem, são uma minoria
tão insignificante que ninguém lhes dá ouvidos, uma vez que a maioria aceita
sem questionar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Terão as Crianças assegurado o
seu direito à segurança quando há uma grave falta de funcionários em grande
parte das escolas do país?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em que momento esta sociedade se
demitiu de proteger os pequenos seres humanos que tem a seu cargo, deixando que
aspetos tão cruciais para o seu bom desenvolvimento sejam decididos segundo
interesses de terceiros? Defender a integridade física e psicológica da Criança
é construir uma sociedade harmoniosa e equilibrada, e esse dever não pode
sobrepor-se a nenhum outro. Se a tal não nos obrigar a nossa consciência, então
que seja a lei, ou será que nem mesmo esta?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Respeitar os Direitos da Criança
passa por criar um Ensino mais humano e seguro, com profissionais e decisores realistas,
dotados de empatia e de uma bagagem mínima de psicologia infantil e do desenvolvimento.
É fundamental criar métodos de ensino libertadores, ter em conta os tempos
limites de concentração, a maturidade intelectual na escolha de currículos, a
singularidade de cada aluno.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para além disso, é urgente fazer leis
que permitam à família o acompanhamento afetivo fundamental, que só ela pode
dar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais importante ainda, é
absolutamente essencial acordarmos desta grave permissividade coletiva. Que a
sociedade perceba que deve questionar com consciência, lutar por aquilo que
considera justo e educar com o coração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Inês Neves</div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-23549837830978679582016-12-15T02:27:00.000-08:002016-12-15T02:27:05.271-08:00Por Uma Escola mais Interativa (Madalena)<div style="text-align: justify;">
Acho que estamos a desenvolver cada vez mais Alunos que não gostam das aulas devido à falta de interação que existe por parte do Professor e do Aluno. A forma como nos ensinam é aborrecida e aprender torna-se uma seca para nós.<br />Nós não conseguimos demonstrar a nossa inteligência apenas através dos testes que nos fazem, das datas e de tudo o que há nos livros que somos obrigados a decorar.<br />Todos os alunos têm ritmos diferentes de aprendizagem, o que quer dizer que nem todos conseguem decorar o livro e dizerem tudo o que sabem fazendo um teste, e outros conseguem fazer o teste apenas a ouvir as explicações, sem estudar e ter uma excelente nota. Significa que a maneira de cada um de nós aprender é diferente.<br />As aulas deviam ser mais interativas e não passarmos 50, 80, 90 minutos a ouvir, escrever e fazer exercícios. Se as aulas fossem interativas, nós ficaríamos com mais vontade de aprender e não aprendíamos de uma forma tão aborrecida. Os Professores preocupam-se essencialmente em dar matéria num x tempo e por vezes sinto que não se preocupam se nesse tempo vamos conseguir aprender tudo em aulas em que eles apenas falam, falam, falam...<br />Há semanas em que chegamos a ter 4 testes por semana, mais apresentações orais, mais trabalhos de casa e não temos tempo para estar com a família ou para fazer atividades que nos ajudem a descontrair do ambiente da escola. No fundo, é como se tivéssemos uma continuação da escola mas em casa, onde nos matamos a estudar resumos de imensas páginas para conseguirmos ter uma boa nota. Caso contrário, se não temos boa nota os professores acham que não sabemos nada...</div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-45351749589180743572016-12-08T01:19:00.002-08:002016-12-08T01:46:37.827-08:00Por Uma Escola com Espaços para Brincar e Maior Ligação às Famílias (Rita)Quando penso no futuro da minha filha, no que diz respeito à escola, não me sinto muito animada. Sei que entre as gerações a forma de ensino muda, e longe vão os tempos das reguadas e do recitar matéria diante de toda a classe, sob o olhar rígido do professor, mas, curiosamente, no que parecia ser uma evolução entre a geração dos meus pais e a minha, deixou de o ser da minha geração para a da minha filha. Não houve um retrocesso a nível de castigos ou de austeridade, mas pelo que percebo há hoje um nível de exigência que, além de não se justificar, prejudica as dinâmicas familiares e o tempo pais-filhos. Felizmente, parece que começa a surgir agora alguma abertura da parte de quem "manda" no ensino e espero que uma mudança de mentalidade e da forma de fazer as coisas, aprendendo com casos de sucesso de outros países e também inovando, se venha a refletir já nesta nova geração.<br />
<br />
Não me posso pronunciar sobre o ensino no geral, porque a minha filha está agora no 1º ano... Da experiência até agora, uma das coisas que me preocupava, os TPC, não existe no agrupamento da escola que ela frequenta, e parece-me que a professora da minha filha tem uma forma de ensino que acompanha de certa forma o trabalho feito no pré-escolar, onde ela já trabalhava letras e números de forma lúdica. Sempre que ela aprende uma letra nova, chega a casa a cantar uma música sobre essa letra, e quando desenha faz logo por incluir letras ou palavras no desenho. Não sei se vai ser assim até ao 4º ano (uma etapa de cada vez), mas gostava de continuar a vê-la com "vontade de aprender", e não de "sentir o peso de ter de aprender".<br />
<br />
No que diz respeito ao que eu gostava de melhorar na escola da minha filha, não posso deixar de mencionar a creche onde ela esteve. Nessa instituição, que não é "alternativa", sempre houve uma ligação à família. Sim, era a minha filha, mas qualquer educadora, auxiliar, funcionário, diretora... fosse quem fosse, sabia o nome da minha filha e reconhecia a família dela (e há que frisar que estou a falar de uma instituição grande, com muitos meninos). As educadoras, em cada sala por onde passou, fizeram por conhecer o ambiente familiar e partilhar com a família como ela vivia o ambiente da escola. Criaram-se laços que sei que tiveram um impacto positivo na formação dela enquanto pessoa, porque ela não sentiu uma barreira de "na escola faz-se assim/na escola faz-se de outra maneira". Além disso, é uma instituição que se tornou uma eco-escola.<br />
<br />
Quando chegou à escola nova, a minha filha já sabia que ia brincar menos e estar mais tempo sentada... O que eu não estava à espera era de não haver sequer equipamento no exterior para ela brincar, a ponto de ela me pedir para ir ao parque ao fim de semana para poder fazer algo tão simples como andar de baloiço, algo que ela fez diariamente até mudar de escola. Como é que houve uma preocupação em renovar os edifícios das escolas adequando-os aos novos métodos de ensino (com recurso a tecnologias, por exemplo), mas descuraram o exterior, tendo em conta que as crianças agora quase são obrigadas (senão pelas regras do agrupamento, então pelos horários dos pais) a ficar um dia inteiro na escola? E tenho noção de que já é uma sorte ela ter uma escola com tão boas condições...<br />
O segundo impacto foi "a mãe deixa a filha no portão e se precisar de falar com a professora tem de marcar hora". Fiquei chocada... Eu enquanto mãe não posso contribuir para a escola da minha filha? Ela tem de sentir que há um espaço na vida dela onde eu não estou autorizada a entrar? Por sorte, este primeiro impacto, para o qual já me haviam alertado, foi amenizado pela postura da professora, que facultou o e-mail e tem até a amabilidade de fotografar as atividades e enviar aos pais. Eu sei que a segurança é importante, e que a falta de pessoal nas escolas faz com que tenham de ser mais fechadas para as poder controlar, mas será que não pode haver um meio-termo instituído, sem dependermos unicamente da simpatia, boa vontade e visão de um professor?<br />
E por fim, uma última nota: e o ambiente? Surpreende-me não ser obrigatório que as escolas básicas façam reciclagem, quando até as creches já o fazem!Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-57656386178163258102016-12-08T01:05:00.004-08:002016-12-08T01:05:56.179-08:00Por uma Escola Diferente Para Cada Um (Catarina Delgado)
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #333333; font-family: "Courier New"; font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">POR UMA ESCOLA
DIFERENTE</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma escola igual para todos?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não. Uma escola diferente para cada um.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma escola em que cada um possa expressar-se
individualmente, ser respeitado na diferença, ouvido em liberdade e aprenda com
curiosidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Onde os talentos de cada um sejam uma mais-valia para as
aprendizagens de todos… Alunos, professores, outros funcionários, pais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em que todos sejam livres de dizer o que pensam e que esse
contributo possa servir a comunidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma escola sem trabalhos de casa… Quando aprendemos uma
coisa ela fica em nós, não precisamos de treinar exaustivamente. Melhor
aprendizagem traz menor necessidade de treino…</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Instigando a curiosidade… O que importa são as aprendizagens
e o prazer da descoberta e do conhecimento. Aprendendo a brincar e brincar para
aprender. A brincadeira livre, sem condicionamento dos adultos, é essencial
para a aprendizagem e a autonomia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desejo que todos os pais possam um dia ouvir o que o meu
filho já me disse: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Catarina, tu ias gostar de andar na minha escola…”</div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-55659977009755188812016-11-08T03:59:00.000-08:002016-11-08T03:59:05.108-08:00A Voz dos Meus Filhos (Isabel Costa)O meu filho tem quase 18 anos e sempre se queixou de "aborrecimento"
nas aulas. Diz que não o motivam, nem para estudar, nem para a vida
ativa... Não sabe o que quer fazer profissionalmente, ainda ninguém o
despertou para isso. Respondo-lhe que tem de ir
para algo de que ele gosta mesmo, mas ele replica: "o problema é que eu
não sei o que gosto, nunca tive a oportunidade de experimentar
nada!!!"
E ele tem toda a razão. "Só podes aguentar"- disse-lhe - "até porque já estás quase a acabar e depois logo hás-de descobrir..."<br />
<br />
<br />
Depois de ler sobre os debates atuais, sobre o Ensino, perguntei-lhe então como é que veria a Escola e as suas primeiras sugestões foram:<br />
- Menos horas de aulas: "certas aulas são uma seca, principalmente quando temos dois tempos a História, por exemplo".<br />
- Aulas de manhã e à tarde atividades: desporto para quem tiver jeito para isso, aprender a cozinhar, a cultivar... Para quem tiver ambição para a área da saúde, visitar hospitais;
para quem tiver vocação para animais, visitar veterinárias e jardins
zoológicos; para quem gostar de carros, ir aos mecânicos; quem gostasse
de pastelaria, passaria uma tarde com um padeiro... "Assim
teríamos uma ideia da vida profissional lá fora e poderíamos ter a
certeza de que é isto que gostaríamos de fazer, ou não..."
<br />
Ou seja uma escola mais ativa e sem mais testes.<br />
A minha filha este período queixou-se da quantidades excessiva de
testes: 17!!! Que horror... Ela disse que os professores dão as aulas a
correr porque o programa é muito extenso, que eles próprios queixam-se
de que não têm tempo de dar a matéria toda se tiverem
que estar sempre a explicar, que ela passa a vida a aprender de cor
para os testes, que não é motivador... E que não faz mais nada do que
decorar para os testes...<br />
<br />
Como mãe proponho também: meditação, foco no objetivo, yoga do riso
e outras terapias alternativas, essenciais para o bem mental e emocional
das crianças e jovens adultos. Pois a vida é cheia de desafios e saber
lidar com eles, gerindo a suas emoções e
stress, logo de pequenos, é algo de muito valioso para o futuro
profissional dos nossos filhos.<br />
Também não estou a favor dos TPC e dos testes, que tiram o pouco
tempo disponível para algo mais ativo e alegre. Temos que criar
competitores mas não competitores entres eles (onde o que tem melhor
memória vence e esmaga os outros), mas competitores com eles
próprios, descobrindo a sua vocação nata e indo assim conseguindo fazer
sempre melhor, sabendo que, se trabalharem, conseguirão
realizar todos os seus sonhos...Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-52424670800689107572016-11-02T15:33:00.004-07:002016-11-02T15:35:15.914-07:00O que Vejo no Ensino de Hoje (Mafalda Lira)<span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="UFICommentBody _1n4g">Há
15 anos comecei o meu percurso pelo ensino, leccionando
Matemática ao 10º e 11º anos. Fiz carreira académica, fui investigadora e
professora muitos anos no ensino superior na UL e no Politécnico de
Lisboa. Nessa passagem cheguei até a dar
aulas ao curso de Educação, onde leccionei a cadeira de Probabilidades e
Estatística de professores de 1º ciclo e educadores de infância.<br />Voltei
por motivos pessoais ao ensino básico e secundário. Já leccionei do 5º
ao 12º ano, o que me permite ter uma visão mais abrangente do ensino. E
agora, 15 anos depois, vejo:<br />- escola burocratizada: uma
escola em que há papéis a circular por todo o lado, onde o processo tem
processos para tudo, reuniões obrigatórias muitas vezes sem sentido,
papéis e papéis que são elaborados para uma inspecção e que a meu ver sem
mais utilidade; há nomenclatura para tudo: PEI, PAPI... Quem esteve "fora"
15 anos sente-se um ET em terra! <br />- uma preocupação exacerbada com alunos NEE (necessidades educativas especiais), a meu ver um abuso de ritalinas;<br />-
Metas curriculares: onde se abordam assuntos descoordenados por ano,
desemparelhados da realidade e da idade (por vezes os alunos ainda não
têm maturidade cognitiva para os assimilar); não se percebe a razão das
razões!<br />- professores desmotivados, sem tempo para
preparar aulas; exaustos com processos de avaliação e com a escola
burocratizada; exaustos com a desmotivação dos alunos e sobretudo com a
indisciplina, a meu entender, o monstro maior a combater! Professores
que não concordam muitas vezes com os assuntos leccionados, com a forma e
tempo que têm para os abordar; professores que para o serem têm que
optar por ter vida pessoal e profissional e, mesmo assim, têm que
encontrar motivação para o fazer.<br />- alunos saturados e
alheios ao que aprendem, alunos que sentem que os programas são
desadequados à sua realidade, muitas vezes inúteis. A linha que separa
essa desmotivação para a falta de respeito nas aulas também é muito
estreita. Hoje olhei para a minha aula e, apesar do esforço, não vi gosto,
não vi motivação, vi um presente vivido na obrigação de estar aqui, até
ao toque...<br />- pais e tutores: há pais que vivem a vida
dos filhos e que, de tanto os protegerem não os deixam ser, nem os preparam
para serem! Na oposição, outros pais que, pela sociedade frenética que
criámos, não têm tempo para os filhos, para as regras e receiam o “Não”!
Estes também não os preparam para a vida, para as adversidades. É
importante, em casa, prepararmos os nossos filhos para a escola, nós pais
somos os principais educadores e não podemos desresponsabilizar-nos
disso!<br /><br />E falamos tanto do ensino da
Finlândia... estamos a comparar o incomparável. Uma sociedade mais fria
mas que respeita normas, onde o professor não tem que impor disciplina
constantemente porque ela está naturalmente presente na sociedade. Onde
os alunos têm liberdade e confrontam a realidade e são motivados pelo
gosto de aprender. Onde as turmas não têm 30 alunos e, por isso, podem
trabalhar em projectos. Onde os professores têm um salário digno, não têm
confrontada a sua vida pessoal com profissional e são naturalmente
respeitados pela profissão nobre que escolheram. Não há metas e
burocracias, programas obrigatórios a cumprir... há um despertar para o
conhecimento. <br />Há liberdade para aprender, mas não se confunda liberdade com libertinagem e autoridade com autoritarismo.<br />
A escola pode ser tudo se todos mudarmos um pouco... Mas nem tudo é mau,
somos um povo com calor, que abraça, que canta o fado e que vive! Não
queiramos ser como os outros, queiramos ser autênticos e, com a educação,
comecemos cada um de nós, agentes da educação, por promover a mudança sem
perder a nossa essência.</span></span>Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-32995712132561178702016-10-27T03:23:00.001-07:002016-10-27T03:23:32.873-07:00Por uma escola diferente, com filosofia e gosto pelo pensar (Joana Rita Sousa)<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Desde
que me lembro que a escola faz parte da minha vida. Com três anos de
diferença do meu irmão, mais velho, lembro-me de querer sempre
acompanhá-lo nos trabalho. Sou do tempo em que não havia jardim de
infância e as crianças ficavam com a família, até à idade escolar. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
A
minha mãe conta que comprou um caderno só para mim e que eu imitava
aquilo que o mano fazia. A verdadeira "macaquinha de imitação".</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Quando
entrei na escola já sabia algumas coisas. Nunca houve pressa para me
ensinar nada, cá em casa. Mas eu via e aprendia com o mano, de forma
natural. Ir para a escola era algo que eu aguardava muito. Ia ser a
minha vez de trazer trabalhos para casa. Foi uma aventura. E um
desalento. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Não
compreendia por que é que os meninos demoravam tanto tempo a aprender
as coisas. "Tantos dias para aprender o a!" - eram coisas destas que a
minha mãe ouvia, quando eu chegava. Tive que aprender a esperar (algo
que ainda hoje estou a aprender, confesso). E tinha um caderno cá em
casa, só para casa, para treinar coisas que eu já sabia e que os meus
colegas ainda não tinham aprendido. É que o mano continuava a estudar,
uns anos "mais à frente" e eu, curiosa como sou, não resistia a
acompanhá-lo nos estudos. E a professora não gostava muito que eu
avançasse nas coisas. Eu avançava, sim, mas só em casa.</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Apesar
de tudo, nunca deixei a escola. Estudei filosofia na universidade e
continuo, até hoje, a estudar. Preciso da escola para me disciplinar na
investigação, para cumprir objectivos. Além disso, trabalho em escolas. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Trabalho
na área da filosofia para crianças e é com muito gosto que levo a
filosofia para dentro do jardim de infância ou das salas do 1º ciclo. O
gosto é ainda maior quando são os educadores de infância e até mesmo os
pais que solicitam a minha intervenção. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
É
maravilhoso ver os mais pequenos a descobrir as maravilhas do pensar, o
lado lúdico das ideias e o espanto - aquilo que é tão próprio dos
filósofos.</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
O
que não é tão maravilhoso é ver como as escolas precisam tanto de mudar
o seu olhar sobre a criança. Há muitos anos que se fala em mudança, em
assertividade, em inteligência emocional, em criatividade, em "mais
atenção à criança e às suas necessidades", em escolas inclusivas e
outras coisas que tais. Mas o facto é que ainda há escolas onde o acesso
ao 1º andar só acontece através de umas escadas horríveis. O facto é
que há escolas construídas com uma acústica péssima que torna impossível
ter uma aula com a porta aberta. Há escolas onde as cadeiras são tão
desconfortáveis que nem percebo como é possível estar sentado ali
durante mais do que uma hora. As salas continuam com a configuração
habitual: filas de mesas e cadeiras. E só vemos as nucas uns dos outros.
E o rosto? Trabalha-se para o aluno médio e ficam de fora os alunos que
"o sistema" identifica como lentos ou demasiado espertos. Depois há as
concepções de "portar bem" e "portar mal" - que tantas vezes são medidas
de acordo com a capacidade que o aluno tem em ficar ou não calado e
quieto. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Temos
um professor ou educador para vinte e oito alunos - o que é violento,
para ambas as partes. Há escolas com quatrocentos alunos e quatro
assistentes operacionais para toda a escola. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Isto acontece agora, enquanto eu escrevo estas palavras. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Por
tudo isto - e algumas coisas mais - fico muito emocionada quando vejo
pais, educadores, professores e assistentes operacionais a "fazer
magia" com os recursos que têm. E ainda se consegue fazer magia. É
esgotante, é um constante lutar contra a maré. Mas consegue-se.</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Trabalhar
por uma escola diferente significa olhar para os exemplos que nos
chegam de fora - e de dentro. Escola da Ponte, Casa da Árvore (em
Leiria) ou o agrupamento de escolas gerido pelo professor Adelino
Calado. Temos exemplos que nos mostram que é possível pensar, desejar e
fazer acontecer uma escola diferente, mais ajustada às crianças dos dias
de hoje, às necessidades de aprendizagem diversificadas que cada um
apresenta. É possível o verdadeiro trabalho interdisciplinar:
psicólogos, professores, educadores, pais, família, profissionais do ATL
(actividades de tempos livres) ou das AEC (actividades
extra-curriculares / de enriquecimento curricular). </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
E
se é possível, só temos que "contaminar" os locais por onde passamos.
Cada um de nós. Fazer a diferença na vida das crianças com quem
trabalhos.</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Há
uns anos trabalhei numa escola do 1º ciclo, como técnica de AEC. Era
conhecida pela "professora que não gostava de ser tratada como
professora". Cedo comecei a perceber que os alunos não sabiam os nome
dos professores, com excepção do professor titular. No final do ano,
quando perguntavam a um dos alunos quem tinham sido os seus professores,
o pequeno Manuel (nome fictício) , do alto dos seus 7 anos, respondeu:
"Era a professora Andreia [nome fictício para a professora titular], a
teacher [professora de inglês], a professora de expressões, o professor
de educação física e a Joana." </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
É
fundamental não perder a esperança e não baixar os braços. No meu caso
específico, há que persistir neste trabalho que consiste em alimentar o
pensamento crítico e criativo da criançada com quem tenho o privilégio
de me sentar para filosofar. Para mim, a filosofia deverá estar nas
escolas desde cedo. Desde os 3 anos, no jardim de infância. O trabalho
do filósofo tem que ter uma componente pedagógica relevante e deverá ser
realizado em equipa com os educadores e professores de cada turma, de
cada aluno. Se isso sempre acontece? Não. Tenho tido a felicidade de
trabalhar em parceria com educadores e professores interessados - e
outros que nem por isso. Foco-me no trabalho com os primeiros e tento
fazer o melhor possível com estes últimos.</div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
Todos
os dias trabalho por uma escola diferente, com filosofia e gosto pelo
pensar. Por falar nisso, tenho algumas aulas para planear. E um jogo que
prometi a uma turma, em que pudéssemos brincar ao "whatsapp" e usar a
filosofia. Meti-me em trabalhos, está visto. Mas daqueles trabalhos
bons, em que sou chamada a pensar e a criar. Porquê? Por que os meus
alunos me desafiam, todos os dias. </div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div class="gmail_default" style="color: #351c75; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-46691250496135216862016-10-19T04:48:00.001-07:002016-10-19T04:48:04.643-07:00Manifesto Anti-Trabalhos Para Casa (Rita Alves)<b><span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manisfesto
Anti-Trabalhos Para Casa</span></span>
</b><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>
</b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Para começar este
manifesto devo apresentar-me: sou “professora do 1º ciclo” e mãe de um
Guerreiro de Voz Branca com 5 anos e que entrou este ano para o 1º ano. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Porquê este
Manifesto? Porque quero deixar público o testemunho da minha posição
Anti-Trabalhos Para Casa, enquanto “professora” (prefiro o termo Educador), mãe e
cidadã.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Para que serve este
Manifesto? Para soltar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a minha opinião,
para saber a vossa, para agregar algumas vozes,
para reflectir.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Os meus ex-alunos e
ex-encarregados de educação já me criticaram, já me amaram e odiaram por causa
da minha atitude em relação aos TPC. Até agora a minha posição era construída
com base na minha identidade profissional, neste momento de vida, ela passa a
ser coadjuvada com a identidade materna!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Qual o principal intuito
de um Trabalho Para Casa? </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Treino; consolidação;
organização; elo de ligação entre a vida da escola e da família.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
os TPC que não constroem conhecimento, curiosidade, vontade de aprender.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
TPC no 1º ano de escolaridade para desenhar números ou letras. Dêem-nos
desenhos para fazer, desafios e descobertas para que eu, mesmo em tempo de
fim-de-semana, continue com vontade de ir à escola.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
os TPC que exigem a presença de um adulto ao lado da criança. Os TPC têm origem
na sala de aula, quando chegam a casa os meus encarregados de educação perderam
8 horas de matéria, e todas as suas opiniões podem estar desadequadas em relação ao que me foi transmitido.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
um manual de TPC. A minha casa é diferente da vossa, e é impossível fazer
sentido o mesmo trabalho para ti e para mim.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
os TPC que me desorganizem, que me gerem confusão, frustração.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
a quantidade de TPC. A menos que haja trabalho em atraso (e mesmo assim, deverá
ser construído um espaço na aula para o fazer) a quantidade de TPC é
assustadoramente anormal. Não quero sentir que me despejam matéria e eu depois
que continue o trabalho em casa. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
TPC, a menos que estes possam construir uma boa relação com a minha casa e família.
Exijam-me que me contem apenas uma história à noite, num sítio confortável, sem
confusão e que estejamos verdadeiramente juntos e com Tempo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra
os TPC porque já cumpri, no mínimo, 8 horas de trabalho. Qualquer pessoa tem o
sonho de sair do seu local de trabalho e desligar a sua mente do lado
profissional. Quando levamos trabalho para casa ficamos irritados,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a achar que dois dias de folga não são nada e
que não parámos. Porque me colocam nesta posição?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me contra tantos
TPC e tantas outras Torturas Para Crianças de que os professores tanto gostam de
aplicar, como que num gesto de competência académica, e que tantos pais gostam
de receber para manter os seus filhos sossegados durante uma hora (pelo menos).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;">Manifesto-me
contra
os TPC. Na minha casa tenho de contar a história do meu dia (organização
do
pensamento, língua portuguesa, matemática, estudo meio, prazer, etc.);
aprender
a organizar os meus brinquedos (matemática, etc.); jogar jogos de
tabuleiro
(matemática, língua portuguesa, concentração, etc.); inventar novas
brincadeiras (língua portuguesa, matemática, estudo do meio, expressões
artísticas, expressão físico-motora); sentar-me ao colo da minha
avó/tia/prima/mãe/pai/madrinha e pedir-lhe mimo (prazer, amor, etc.);
passear o meu cão na rua (estudo do
meio, expressão físico-motora, etc.); brincar livremente (aprender as
regras da
vida); tomar banho (aprender a cuidar de mim); arrumar o meu quarto
(matemática, língua portuguesa, etc.); preparar a mesa para o jantar
(matemática, etc.); participar nas conversas à mesa (prazer, amor,
etc.); fazer
a minha higiene antes de deitar (cuidar de mim, etc.); ouvir uma
história antes
de dormir (prazer, amor, literacia, língua portuguesa, etc.) e
descansar. Não será tudo isto um verdadeiro Trabalho Para Casa?!</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: medium;"><a href="http://beijosabura.blogspot.pt/2013/10/manisfesto-anti-trabalhos-para-casa.html">http://beijosabura.blogspot.pt/2013/10/manisfesto-anti-trabalhos-para-casa.html </a></span></span></div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-29348247417999302382016-10-18T02:56:00.000-07:002016-10-18T03:04:11.092-07:00Manifesto de uma Mãe (Sónia Henriques)<style>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">POR UMA ESCOLA DIFERENTE</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os Alunos são
acolhidos diariamente com alegria, com vontade, com satisfação</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde nos apeteça chegar de manhã </div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde chegar nos dá borboletas na barriga</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprender possa
ser mais do que o debitar de saberes escolásticos, normativizados, que possa
ser dialética e desafiante</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola sem religião, sem raça, só de meninas e meninos</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde aprender também possa ser brincar</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se aprenda fazendo, “pondo as mãos na massa”</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se aprende que “as mãos fazem coisas”</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde os princípios e os valores, mais do que
cartazes afixados em paredes, possam ser praticados diariamente, por Todos</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde em vez de TPC haja desafios</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde conhecemos os nossos vizinhos</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde possamos desenvolver projetos que aplicam as
frases dos tais cartazes</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">amabilidade</b>,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">gentileza</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alegria</b> não são só letras de canções para cantar aos pais nos saraus do
final do ano</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde sempre que o sol espreita podemos ter aulas
ao ar livre</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde as fronteiras
entre salas e recreios não existam de forma delineada, no escorrega do pátio
aprendem-se princípios tão válidos como dentro da sala sentado numa cadeira </div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde os Professores venham ao pátio “ensinar” os
meninos a brincar e aprendam também eles, Professores, a brincar</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde a chuva não tem que nos fazer recolher
sempre ao interior</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se plante na horta parte daquilo que podemos
comer à mesa do refeitório</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se possam fazer picnics, sempre que nos
apetecer</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde podemos descansar, ler livros, tocar música
debaixo de uma árvore</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde a sombra da árvore possa implicar levar com a
laranja na cabeça</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde em dias de chuva de estrelas, nos convidem a
ficar até mais tarde para nos ensinarem a vê-las</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde todos possam contar as suas histórias</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se aprende que todos juntos vamos mais longe</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde não nos rimos de ti, rimo-nos todos juntos</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Equidade</b>
é tão importante como a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Igualdade</b></div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde os ritmos de cada um são respeitados</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde conhecemos o nosso Planeta, e aprendemos a
respeitá-lo</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -49.7pt;">
Uma Escola onde conhecemos os
animais e os respeitamos, onde até os podemos levar connosco</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde quando um colega cai vamos todos levantá-lo</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aceitamos duas
mães, dois pais, uma mãe, um pai, uma avó, etc, onde sabemos que o importante é
o amor</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde não haja necessidade de um Estatuto do Aluno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde nos conhecemos
tão bem, que, quando um de nós está triste todos percebemos, todos ajudamos</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde todos somos responsáveis pelo espaço, por
limpá-lo e mantê-lo arrumado</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde os castigos são substituídos por meditação e
técnicas de relaxamento</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde os nomes das funções dos que lá trabalham
pouco importam se implicarem faltas de respeito, onde cada um vale pelo seu
nome</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde se exige respeito aos Alunos, mas se
respeitam os Alunos também, onde há reciprocidade, onde não te grito, porque a
minha autoridade não advém nem da minha altura, nem do meu estatuto, mas de
todos sermos pessoas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde não se oferecem
presentes de natal ou de final de ano à Professora/Professor e se esquecem
todos os outros que lá trabalham</div>
<div class="MsoNormal">
Uma Escola onde conhecemos e aceitamos hábitos de vida
diferentes dos nossos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde convidamos amigos
estrangeiros para nos virem falar e nos darem a experimentar as suas culturas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos a
retribuir </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os nossos
horários não parecem horários de adultos que lutam pela regulamentação das 35
horas semanais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde as Artes são tão
importantes como as Letras e os Números</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde não há blocos de
noventa minutos de aulas, nos quais até os adultos têm dificuldade de se manter
atentos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde não haja
necessidade de medicar meninas e meninos, apenas e só porque não somos todos
iguais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde umas meias às
riscas ou com bonecos não são motivo de risota em grupinho, uma Escola em que
cada um possa expressar-se livremente sem ofender ninguém</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os Pais façam
parte das aprendizagens</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde não haja dois
lados da barricada, Pais/Professores, aliás uma Escola onde não haja barricadas</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os Pais nunca
falem mal dos Professores</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os Pais aceitem
as meninas e os meninos diferentes, mais uma Escola onde os Pais consideram um
privilégio haver meninas e meninos diferentes</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde importantes somos
Todos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde a Ginástica é tão
importante como as Letras ou os Números</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola sem quadros de honra
ou mérito</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola sem “examinites
agudas” aos 9, aos 11, aos 13 anos, de preferência sem exames</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde a preocupação
seja aprender, praticar, ensinar e não ajuizar, avaliar e examinar</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde se aprenda que
reconstruir é mais importante que deitar fora, que nem tudo é descartável</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde se aprenda que há
quem tenha muito menos do que nós, e que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">solidariedade
</b>também não é só uma das tais palavras nos cartazes</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">gratidão</b> se aprende e se pratica todos
os dias</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Avós e os anciões</b> são sempre bem
vindos, onde aprendemos a escutá-los e dar-lhes valor</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde a Educação das
Emoções seja tão importante como as restantes aprendizagens formais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde se aprende a
evitar desperdícios, onde só nos servimos da quantidade que vamos comer, onde o
que fica nas travessas é distribuído por quem não sabe se vai ter jantar</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde podemos ser nós a
amassar o pão que vamos comer ao lanche</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde os canteiros e a
relva são cuidados por Todos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola que não esquece que há
mais mundo, mas que podemos começar por ajudar os nossos vizinhos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola que nos convida a
levar as nossas roupas que já não nos servem para doar a quem façam falta</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que as
meninas são respeitadas, onde não se levantam saias nem se mandam piropos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que,
para fazer publicidade a um carro, por exemplo, não tem que estar uma menina a
rodar sobre si própria</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que a
violência no namoro (ou noutra qualquer fase da vida) não tem qualquer sentido,
que quem ama cuida</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos a
capacitar meninos e meninas para a idade adulta</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos e
praticamos: dividir, partilhar, etc</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que
pensar pela nossa cabeça é muito importante</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos a
pensar, a questionar e a propor para mudar</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que
ter uma opinião é importante, mas que temos que saber sustentá-la e
argumentá-la </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que a
nossa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Liberdade</b> termina onde começa
a dos outros</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que ler,
escrever, desenhar, dançar, tocar música ou fazer teatro quebram barreiras</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde aprendemos que
podemos ser a mudança em que acreditamos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma Escola onde somos/fomos
felizes... dura-nos para toda a vida!</div>
Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1855201311903609630.post-1744375081977545192016-10-18T02:49:00.005-07:002016-10-18T02:49:46.499-07:00Manifesto de uma aluna (Sofia Cecílio)É verdade, a escola é algo serio. Mas não demasiado! E sinto que cada
vez mais os professores a levam demasiado a serio. Não nos dão liberdade,
tiram-nos o tempo... Às vezes quero ir estudar piano ou canto porque é
aquilo que realmente quero fazer na minha vida e simplesmente não posso
pois a escola ocupa o espaço de mil e uma outras coisas importantes. A
música, teatro e tudo mais são coisas que estimulam, ao contrário do
que a escola tem feito.<br />
Às vezes sinto que os professores não entendem
que as coisas têm de mudar, senão nunca vai acontecer nada! Às vezes
parece que eles querem fazer-nos passar pelo que passaram... Isso é tão
mau! É tão mau não aceitar as mudanças. Mudanças são necessárias para um
futuro melhor. É preciso mudar. E só não o fazemos porque não nos
permitem.<br />
É triste ver o mundo assim. Se nos dessem a conhecer o mundo
onde vamos viver ganhavam mais. Aposto que vou chegar aos 18 anos sem
saber sequer depositar um cheque!<br />
Precisamos de tomar medidas. E é por
isso que vamos lutar!<img alt="😉" class="CToWUd" data-goomoji="1f609" src="https://mail.google.com/mail/e/1f609" style="margin: 0 0.2ex; max-height: 24px; vertical-align: middle;" /><img alt="💪" class="CToWUd" data-goomoji="1f4aa" src="https://mail.google.com/mail/e/1f4aa" style="margin: 0 0.2ex; max-height: 24px; vertical-align: middle;" />Por uma Escola Diferentehttp://www.blogger.com/profile/18419675473509443135noreply@blogger.com0