O meu filho tem quase 18 anos e sempre se queixou de "aborrecimento"
nas aulas. Diz que não o motivam, nem para estudar, nem para a vida
ativa... Não sabe o que quer fazer profissionalmente, ainda ninguém o
despertou para isso. Respondo-lhe que tem de ir
para algo de que ele gosta mesmo, mas ele replica: "o problema é que eu
não sei o que gosto, nunca tive a oportunidade de experimentar
nada!!!"
E ele tem toda a razão. "Só podes aguentar"- disse-lhe - "até porque já estás quase a acabar e depois logo hás-de descobrir..."
Depois de ler sobre os debates atuais, sobre o Ensino, perguntei-lhe então como é que veria a Escola e as suas primeiras sugestões foram:
- Menos horas de aulas: "certas aulas são uma seca, principalmente quando temos dois tempos a História, por exemplo".
- Aulas de manhã e à tarde atividades: desporto para quem tiver jeito para isso, aprender a cozinhar, a cultivar... Para quem tiver ambição para a área da saúde, visitar hospitais;
para quem tiver vocação para animais, visitar veterinárias e jardins
zoológicos; para quem gostar de carros, ir aos mecânicos; quem gostasse
de pastelaria, passaria uma tarde com um padeiro... "Assim
teríamos uma ideia da vida profissional lá fora e poderíamos ter a
certeza de que é isto que gostaríamos de fazer, ou não..."
Ou seja uma escola mais ativa e sem mais testes.
A minha filha este período queixou-se da quantidades excessiva de
testes: 17!!! Que horror... Ela disse que os professores dão as aulas a
correr porque o programa é muito extenso, que eles próprios queixam-se
de que não têm tempo de dar a matéria toda se tiverem
que estar sempre a explicar, que ela passa a vida a aprender de cor
para os testes, que não é motivador... E que não faz mais nada do que
decorar para os testes...
Como mãe proponho também: meditação, foco no objetivo, yoga do riso
e outras terapias alternativas, essenciais para o bem mental e emocional
das crianças e jovens adultos. Pois a vida é cheia de desafios e saber
lidar com eles, gerindo a suas emoções e
stress, logo de pequenos, é algo de muito valioso para o futuro
profissional dos nossos filhos.
Também não estou a favor dos TPC e dos testes, que tiram o pouco
tempo disponível para algo mais ativo e alegre. Temos que criar
competitores mas não competitores entres eles (onde o que tem melhor
memória vence e esmaga os outros), mas competitores com eles
próprios, descobrindo a sua vocação nata e indo assim conseguindo fazer
sempre melhor, sabendo que, se trabalharem, conseguirão
realizar todos os seus sonhos...
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