Quem somos


O Mundo transforma-se a uma velocidade estonteante.

Mudou a forma como nos relacionamos, como aprendemos. Não deveria mudar também a forma como ensinamos? Que tipo de cidadãos precisamos de formar para fazer face a um futuro que desconhecemos?

São cada vez mais os professores, pais e alunos que colocam a si próprios estas questões, e sentem no seu dia-a-dia a necessidade de mudança.

Aqui ficam os seus manifestos e relatos de boas práticas...

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A Voz dos Meus Filhos (Isabel Costa)

O meu filho tem quase 18 anos e sempre se queixou de "aborrecimento" nas aulas. Diz que não o motivam, nem para estudar, nem para a vida ativa... Não sabe o que quer fazer profissionalmente, ainda ninguém o despertou para isso. Respondo-lhe que tem de ir para algo de que ele gosta mesmo, mas ele replica: "o problema é que eu não sei o que gosto, nunca tive a oportunidade de experimentar nada!!!" E ele tem toda a razão. "Só podes aguentar"- disse-lhe - "até porque já estás quase a acabar e depois logo hás-de descobrir..."


Depois de ler sobre os debates atuais, sobre o Ensino, perguntei-lhe então como é que veria a Escola e as suas primeiras sugestões foram:
 - Menos horas de aulas: "certas aulas são uma seca, principalmente quando temos dois tempos a História, por exemplo".
- Aulas de manhã e à tarde atividades: desporto para quem tiver jeito para isso, aprender a cozinhar, a cultivar... Para quem tiver ambição para a área da saúde, visitar hospitais; para quem tiver vocação para animais, visitar veterinárias e jardins zoológicos; para quem gostar de carros, ir aos mecânicos; quem gostasse de pastelaria, passaria uma tarde com um padeiro... "Assim teríamos uma ideia da vida profissional lá fora e poderíamos ter a certeza de que é isto que gostaríamos de fazer, ou não..." 
Ou seja uma escola mais ativa e sem mais testes.
 A minha filha este período queixou-se da quantidades excessiva de testes: 17!!! Que horror... Ela disse que os professores dão as aulas a correr porque o programa é muito extenso, que eles próprios queixam-se de que não têm tempo de dar a matéria toda se tiverem que estar sempre a explicar, que ela passa a vida a aprender de cor para os testes, que não é motivador... E que não faz mais nada do que decorar para os testes...

Como mãe proponho também: meditação, foco no objetivo, yoga do riso e outras terapias alternativas, essenciais para o bem mental e emocional das crianças e jovens adultos. Pois a vida é cheia de desafios e saber lidar com eles, gerindo a suas emoções e stress, logo de pequenos, é algo de muito valioso para o futuro profissional dos nossos filhos.
Também não estou a favor dos TPC e dos testes, que tiram o pouco tempo disponível para algo mais ativo e alegre. Temos que criar competitores mas não competitores entres eles (onde o que tem melhor memória vence e esmaga os outros), mas competitores com eles próprios, descobrindo a sua vocação nata e indo assim conseguindo fazer sempre melhor, sabendo que, se trabalharem, conseguirão realizar todos os seus sonhos...

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